DISPARADA

Com novo aumento, gás de cozinha já encareceu 66% no governo Bolsonaro

Também entram em vigor reajuste da gasolina e do diesel, comprometendo ainda mais o orçamento de famílias pobres

Brasil de Fato | Lábrea (AM) |

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É a décima-quinta alta consecutiva do gás de cozinha - Giorgia Prates/BdF PR

Começam a valer nesta terça-feira (6) os novos aumentos nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que subiram, respectivamente, 6,3%, 3,7% e 5,9%. 

Mais caros, os produtos influenciam o preço da cesta básica e impactam o custo de vida da população pobre, que tem parte significativa da renda comprometida por alimentação e transporte.

As elevações anunciadas pela Petrobrás dizem respeito aos preços nas refinarias. Os índices repassados ao consumidor dependem da atuação comercial de distribuidoras e postos de combustíveis.

Preços nas alturas 

Desde o início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o gás de cozinha acumula alta de 66% e se consolida como vilão do orçamento de famílias de baixa renda que foram obrigadas a cozinhar com lenha ou carvão.

Nesta que é a décima-quinta alta consecutiva, o produto subiu R$ 0,20 por quilo, passando para R$ 3,60. Nas refinarias, o botijão de 13 kg passou a custar R$ 46,80. 

:: Alta de alimentos é o triplo da inflação e valor de auxílio é insuficiente ::

Sob Bolsonaro, a gasolina encareceu 46% e o diesel 48%. Com os novos preços, os produtos subiram respectivamente R$ 0,16 e R$ 0,10 por litro, alcançando a marca de R$ 2,69 e R$ 2,81. Os valores são da Agência Nacional do Petróleo (ANP), já com imposto incluídos. 

Gestão da Petrobrás 

Esse é o primeiro aumento da gasolina e do diesel colocado em prática pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, que assumiu a presidência da Petrobrás em abril deste ano, no lugar de Roberto Castello Branco.

Sob críticas do setor privado, a troca de comando foi efetuada após altas sucessivas nos combustíveis e no gás de cozinha, que aumentaram a pressão popular sobre o governo.

Os reajustes frequentes são fruto da política de preços posta em prática pela estatal no governo Michel Temer (MDB), que mantém o Brasil refém das variações dos valores das commodities no cenário internacional. 

Edição: Leandro Melito