Roberto Ferreira Dias é o depoente que senta nesta quarta-feira (7) no banco da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
Na posição de diretor de Logística do Ministério da Saúde, Dias teria cobrado uma propina US$ 1 por dose de vacina ao cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, Luiz Dominguetti, durante a negociação de 400 milhões de unidades do imunizante produzido pelo laboratório britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
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O valor apresentado por Dominghetti teria sido de US$ 3,50 por dose. Com a propina, Dias sugeriu que ele cobrasse US$ 4,50 por dose.
O pedido de propina foi feito, no dia 25 de fevereiro, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping.
Com Dias, estavam presentes o coronel Marcelo Blanco e supostamente o coronel Alexandre Martinelli Cerqueira, ex-subsecretário de Assuntos Administrativos do Ministério da Saúde. Depois da denúncia apresentada por Dominguetti, Dias foi exonerado do cargo.
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Dias foi indicado ao cargo na Saúde pelo líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). O parlamentar está no centro da denúncia do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), sobre um suposto esquema de fraude na negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante Covaxin.
A negociação estava sendo realizada entre o Ministério da Saúde e a empresa brasileira Precisa Medicamentos, que seria a responsável pela venda da vacina no Brasil, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.
Assista ao depoimento ao vivo pelo Youtube do Brasil de Fato:
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Edição: Vivian Virissimo