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"Objetivo é garantir a segurança", diz primeiro-ministro do Japão sobre Olimpíadas sem público

Governo japonês impõe medidas de emergência até 22 de agosto, excluindo público presencial nos Jogos Olímpicos

TeleSur-China |
Novas medidas de emergência definem Olimpíada sem público - Charly Triballeau/AFP

A duas semanas do início das Olimpíadas de Tóquio, a capital japonesa entrou na última quinta (8)  em sua quarta fase de emergência com o objetivo de conter novos surtos de covid-19 relacionados à variante delta do vírus.

A preocupação se dá porque a estimativa é que essa cepa do vírus seja entre 30 e 60% mais transmissível comparada a outras. 

Ligado ao novo estado de atenção, o governo japonês decidiu que os jogos do evento vão ocorrer sem público, algo inédito na história dos Jogos Olímpicos. Vale lembrar que o evento, que deveria ocorrer originalmente em 2020, foi adiado em um ano por conta da pandemia. 

A decisão tomada pelos dois organizadores, o governo japonês e o Comitê Olímpico Internacional, responde, de acordo com as autoridades, à necessidade de cuidar da saúde dos atletas e da população japonesa. 

“Tenho dito o tempo todo que o nosso objetivo é garantir a segurança, mesmo que tenhamos que realizar jogos sem espectadores, como agora”, afirmou Yoshihide Suga, primeiro-ministro do Japão. 

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A nova fase de emergência vai até 22 de agosto (a Olimpíada termina no dia 8). Durante esse período, a capacidade e o tempo de serviço em locais públicos serão limitados e os restaurantes serão proibidos de servir bebidas alcoólicas. 

O Japão também decidiu impor o nível de alerta às regiões limítrofes de Tóquio, onde serão realizadas competições dos jogos. De acordo com especialistas, o retorno à fase de emergência representa um revés político para o primeiro-ministro, que resistiu em cancelar os jogos apesar da oposição de grande parte do público japonês. 

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Embora os surtos de covid-19 no Japão não tenham tido a mesma magnitude que em outros lugares do mundo, nos últimos dias os números dispararam, com um aumento de cerca de 13 mil contágios em uma semana. 

O ritmo lento de vacinação também é preocupante, já que apenas um quarto da população recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 até agora. 

Edição: Leandro Melito