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Programa Bem Viver tira dúvidas sobre as vacinas contra covid-19

Necessidade de uma terceira dose, efeitos adversos e eficácia dos imunizantes são alguns dos temas abordados

Ouça o áudio:

"Já sabemos que com só uma dose não chegamos a essa taxa de proteção adequada”, diz pesquisadora - Foto: Thiara Montefusco /Gov. do Ceará
A melhor vacina é a que chega no braço e nos dá oportunidade de proteção contra a Covid-19

Conforme a vacinação avança é comum que surjam novas dúvidas sobre os diferentes imunizantes utilizados no país. Por isso, a edição de hoje (13) do Programa Bem Viver convidou a doutora em virologia Karine Lima Lourenço, que atua no CT-Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para esclarecer alguns dos principais questionamentos sobre os imunizantes, incluindo necessidade de reforço, o modo de funcionamento e seus efeitos adversos.

“A segunda dose faz parte do plano de vacinação. Todo estudo foi feito com base em duas doses. Se a pessoa não volta para se imunizar, não tem garantia de que vai produzir as células de proteção que desejamos. Já sabemos que com só uma dose não chegamos a essa taxa de proteção adequada”, disse a pesquisadora.

Ela reforça que ainda não há comprovações científicas sobre a necessidade de uma terceira dose ou de um reforço, mas que os estudos sobre o tema estão acelerados. “O que já sabemos é que a gente vai precisar tomar vacina para Covid-19 muito tempo ainda. Vamos ver com os estudos que estão em andamento como isso vai ocorrer.”

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A especialista reforçou que escolher marcas do imunizante atrasa o plano de vacinação e prejudica a saúde coletiva. Por isso, os possíveis efeitos colaterais não podem ser motivo para evitar as vacinas de alguns fabricantes.

“Todo mundo que tem a carteirinha de vacinação completa sabe que várias vacinas apresentam efeitos adversos, mas isso não tem a ver com adoecimento. Esses efeitos variam muito de pessoa para pessoa”, lembrou. “A melhor vacina é a que chegou no braço da gente e que nos deu oportunidade de nos protegermos contra a Covid-19.”

A cientista lembrou que a maioria das pessoas não desenvolve qualquer efeito adversos às vacinas. Algumas podem sentir um leve mal estar, que tente a durar em média um dia. Não há risco de hospitalização devido aos sintomas da vacina e um simples antitérmico já resolve.

Alimentação saudável

Um estudo da Universidade de São Paulo em parceira com o Imperial College de Londres aponta que o que as pessoas comem quando crianças vai ter influenciar na sua saúde e nos seus hábitos alimentares nas outras fases da vida. A principal conclusão é que comer mal na infância pode causar obesidade na vida adulta.

Ao todo, 9 mil crianças foram analisadas por um período de 17 anos, ou dos 7 aos 24 anos. Nessa idade, os jovens que quando crianças haviam consumido muitos alimentos ultraprocessados apresentaram em média quatro quilos a mais que os que comiam mais produtos in natura, além de índice de massa corporal mais alto e maior circunferência abdominal.

Memória sem terra

No final de junho a Corte Interamericana de Direitos Humanos determinou que o Estado brasileiro se responsabilize por manter em boas condições o monumento que homenageia o trabalhador rural Antônio Tavares Pereira, assassinado no ano 2000 pela Polícia Militar do Paraná.

Naquele ano, pelo menos dois mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) se dirigiam a Curitiba para participar da marcha pela reforma agrária, em comemoração ao Dia dos Trabalhadores. Em um determinado ponto, a Polícia Militar do Paraná parou o ônibus e começou a reprimir os trabalhadores. Um tiro acertou Antônio Tavares Pereira que não resistiu.

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Em homenagem ao trabalhador foi erguido um monumento no local do crime. A obra, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, corre o risco de ser retirada da área por um impasse judicial. Por essa ameaça, a Corte Interamericana de Direitos Humanos exigiu que o governo do Brasil mantenha o monumento em pé e no local.

Vida dedicada à ciência

No último final de semana, o Brasil perdeu um dos maiores cientistas do país: Oswaldo Luiz Alves que morreu aos 74 anos vítima de um infarto. Ele foi um dos poucos professores negros do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde fundou o Laboratório de Química do Estado Sólido, em 1985.

Oswaldo Luiz Alves publicou mais de 200 artigos em periódicos científicos e teve depositadas 27 patentes de processos e aplicações. Ele foi membro e integrou a diretoria da Academia Brasileira de Ciências desde 2016, na função de vice-presidente para a região de São Paulo.

Foram pelo menos 50 mestres e doutores formados pelo professor. Grande parte desses estudiosos despontam hoje em pesquisas nacionais e internacionais.

Poeta abolicionista

O escritor Castro Alves, referência do movimento abolicionista, tido como revolucionário do romantismo brasileiro e reconhecido como poeta dos escravos, recebe homenagens pelo país para marcar os 150 anos de sua morte. Vítima de tuberculose, ele faleceu em 6 de julho de 1871, aos 24 anos.

As produções do poeta vão além da arte: junto com Ruy Barbosa, Luiz Gama e Joaquim Nabuco, ele liderou o movimento contra a escravidão no Brasil.

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E dentro da poesia, esteve junto com Machado de Assis, José de Alencar e Manuel Bandeira. Sua obra mais famosa é “Navio Negreiro”, que faz uma recriação poética das cenas dramáticas do transporte de escravizados nos porões dos navios portugueses, usando como referência os relatos de africanos com quem ele conviveu na Bahia quando menino.

Castro Alves Nasceu em uma pequena cidade, a 120 quilômetros da capital Salvador. Hoje, o município mudou de nome para homenagear o escritor e se chama Castro Alves.

Dia do Rock

Em 13 de julho é comemorado o Dia do Rock no Brasil. Nesta data, em 1985, aconteceu o Live Aid, um evento mundial que realizou dois mega festivais musicais, ao mesmo tempo, para reunir fundos para combater à fome na Etiópia.

Os shows ocorreram em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos. Somando os dois eventos, estima-se que 190 mil pessoas estiveram presentes, além dos quase dois bilhões que assistiram pela TV ao vivo.

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A classe artística apoiou em peso o festival, que reuniu grandes nomes do Rock, como Queen, U2, The Who, Elton John, David Bowie, Madonna, Eric Clapton e Mick Jagger. Na época, calculou-se que foram arrecadados pelo menos US$ 200 milhões para a causa.

Por toda essa grandiosidade, o Brasil resolveu adotar a data do show como Dia do Rock. A decisão veio de duas rádios da cidade de São Paulo, em meados dos anos 1990. A moda pegou e hoje a data é reconhecida oficialmente no Brasil.


Produção da Rádio Brasil de Fato vai ao ar de segunda a sexta-feira / Brasil de Fato / Bem Viver

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Edição: Sarah Fernandes