Aumento da inflação, conta de luz na bandeira vermelha, aumento no preço do gás, aluguéis altos, pandemia descontrolada, desemprego e privatizações. A vida dos trabalhadores não tem sido fácil no governo de Jair Bolsonaro. Além do cenário citado, a renda média também caiu durante a pandemia.
De acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a renda média recebida pelos trabalhadores no Brasil teve forte queda, de 11,3% em um ano, e agora está em 995 reais, menor valor da série história da FGV Social, iniciada em 2012. Junto à queda da renda média, o alto preço da cesta básica, que atualmente varia nas capitais entre os 500 e 650 reais, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O drama piora quando se levam em conta os índices de desemprego e desalento, hoje na casa dos quase 15 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nesse cenário, na terça (13), a reportagem do Brasil de Fato Paraná foi à praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, acompanhar uma manifestação de trabalhadores ligados a sindicatos e centrais sindicais, que falaram o por quê defendem o impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido).
Confira os relatos:
Thais Adams, professora, da APP-Sindicato
“Vender os Correios e a Eletrobrás é um desmonte do Estado brasileiro, precisamos nos posicionar contra isso e eleger políticos, no ano que vem, que defendam nossa soberania, nossos recursos, nossas estatais e os povos originários.”
Eloy Jacintho, guarani, militante do movimento indígena
Foto: Giorgia Prates
“Somos atacados desde o início do governo Bolsonaro. Tem se discutido no Congresso Nacional propostas como o marco temporal, proposto pelo governo. Esse projeto é para desmontar toda a política que os povos indígenas vêm construindo, como a política de demarcação de terra e o reconhecimento dos nossos territórios.”
Ivan Pinheiro, trabalhador dos Correios e ativista sindical
Foto: Giorgia Prates
“Hoje já sofremos com o desemprego e a pandemia, os brasileiros estão sem renda, não têm nem como comprar o gás. Por isso temos, que defender as nossas estatais para garantir os direitos e o emprego dos brasileiros. Precisamos lutar pelo 'Fora, Bolsonaro' para que o povo tenha mais direitos.”
Giovana Silveira, publicitária
Divulgação
"Bolsonaro não conseguirá garantir nenhum direito para a juventude e os trabalhadores. Hoje, nós, jovens, não vemos mais perspectiva de futuro com esse governo. Estou aqui, hoje, porque acredito que só com a mobilização dos trabalhadores conseguiremos derrotar esse governo."
Samuel de Matos, trabalhador dos Correios
Foto: Giorgia Prates
"Estamos em um processo muito difícil na empresa. Estamos sem concurso público, a jornada de trabalho aumentou, foram retirados direitos e as demissões na empresa aumentaram muito. Isso impactou muito na qualidade dos serviços. Sou contra a privatização dos Correios e a favor do Fora, Bolsonaro."