Preço Justo

Campanha de petroleiros vende gás de cozinha mais barato nesta segunda (19), em Esteio (RS)

Objetivo da campanha é mostrar que é possível vender o gás de cozinha a um preço mais baixo do que está sendo praticado

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Sindicato chama atenção para os prejuízos de uma possível privtizsação da REFAP - Sindipetro-RS

O Sindicato dos Petroleiros do RS (Sindipetro-RS) vai promover mais uma edição da campanha "Gás a preço a Justo" no município de Esteio (RS). Serão vendidos, pela metade do preço, 100 botijões de gás de cozinha de 13kg, ao preço de R$ 45 cada. A ação será às 15h desta segunda-feira (19) no centro do município, na rua Passo Fundo, 642.

Com a campanha, o Sindipetro-RS quer mostrar ser possível vender o gás de cozinha a um preço mais baixo do que o praticado hoje no mercado, levando-se em consideração o custo de produção nacional, o lucro de distribuidoras, revendedoras e da Petrobras, e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.

"A nossa ação é uma forma de chamar a atenção para o que estão fazendo com o nosso povo. Famílias voltaram a usar lenha para cozinhar, mesmo o Brasil sendo um país produtor de petróleo. Além da campanha 'Preço Justo', também estamos pressionando os políticos de todas as esferas para a mudança na política de preço da Petrobras", diz Fernando Maia da Costa, presidente do Sindipetro-RS.

Saída da Petrobras no RS vai piorar a situação

Com o anúncio da venda da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), em Canoas, e seus terminais e oleodutos, o sindicato ressalta que toda a sociedade gaúcha perde. Além da redução na arrecadação dos repasses de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para o estado, o preço do combustível e gás de cozinha deve aumentar para o consumidor.

A venda da REFAP significa a privatização do mercado em parte da Região Sul, pois a refinaria atende a Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina. A atual política de preços (paridade internacional), implementada em 2016, só elevou os preços dos combustíveis. Desta forma, assinala o sindicato, a privatização da REFAP não vai gerar concorrência e deixará o povo gaúcho refém das especulações em torno do petróleo e do dólar.

Com algumas pautas e reivindicações similares, as lutas de petroleiros e de caminhoneiros convergem em pontos que são de grande interesse da população brasileira: o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI) adotado pela Petrobras, que atrela os preços dos combustíveis no Brasil ao valor do barril de petróleo no mercado internacional, e o cancelamento da venda das refinarias da estatal.

*Com informações do Sindipetro - RS.


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Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira