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HISTÓRIA DE LUTA

Uma mulher negra, latino-americana e caribenha

Uma história no marco do Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha

22.jul.2021 às 00h26
Curitiba (PR)
Pedro Carrano

"Minha realidade poderia ter sido a de Campo Magro, então eu gostaria de ser ajudada", afirma Nadine. - Giorgia Prates

Nadine Hippolite Sylvain, 37, é estudante do último semestre de Serviço Social na faculdade Uninter. Nascida na República Dominicana, no Caribe, país insular e que faz fronteira com o Haiti – onde nasceram os pais de Nadine –, ela também desenvolve trabalho como professora de línguas na ocupação Nova Esperança, em Campo Magro, no entorno da capital.

Essa organização aproximou os ocupantes em uma área que possui, dentre 720 famílias, 224 oriundas do Haiti, além de Cuba e Venezuela, gerando o encontro de falantes do creole haitiano, castelhano e francês – aulas organizadas por Nadine, ao lado das aulas de português para os imigrantes.

A dificuldade de comunicação chamou sua atenção. “Sem a linguagem comum, acaba se gerando desconfiança na comunidade. Mas, se tiver a aula, isso muda”, relata, apontando também a construção de uma padaria comunitária.

No mês de julho, particularmente no dia 25, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela, conformando a agenda do chamado Julho das Pretas, que envolve movimentos populares e organizações. O percurso e a trajetória de Nadine são exemplares desta agenda de luta, reflexão e visibilidade.

Antes do Brasil, Nadine trabalhou com turismo no Caribe e passou um período também no Chile. Ela fala da experiência com educação pública na República Dominicana, algo que relata ser mais precário no Haiti. Em Campo Magro, ainda no primeiro contato, veio a ideia do trabalho com educação. “Eu tinha um projeto de aulas de português para imigrantes e, ao mesmo tempo, ex-alunos morando em Campo Magro”, recorda.

Com a identificação da necessidade de cursos de idiomas, Nadine contribuiu na construção da estrutura para o ensino. O espaço já existia, uma vez que a ação popular se deu numa área da prefeitura de Curitiba voltada para assistência social e abandonada há anos. “Fizemos reformas e montamos a biblioteca, cursos de capacitação, escrevi pequeno projeto, fui envolvendo amigos, fomos amadurecendo juntos”, afirma.

Mãe de dois filhos, de 8 e 14 anos, a professora fala também sobre a dificuldade de ser uma mulher negra, estrangeira, chegando ao país marcado pelo racismo, aliado ao senso comum em relação à América Latina e, sobretudo, o Haiti. Nadine afirma que a “crise permanente” do país caribenho, sempre anunciada pela mídia empresarial, se deve na verdade à intervenção de outros países.

No dia 7 de julho, por exemplo, o presidente Jovenel Moïse foi assassinado. Ele vinha governando por decreto e era pressionado por grandes protestos. Foram detidos mercenários e ex-militares colombianos, alguns com treinamento reconhecido nos EUA.

“O problema não é só do governo do Haiti, como algumas pessoas entendem, acredito que é uma coisa desde nossa Independência (1804). Há toda essa combinação para a gente não avançar e, infelizmente, o próprio povo não entende a realidade dessas pessoas que lutaram pela liberdade do país. Muitos deixaram se mobilizar pelos brancos. É como se a gente não tivesse saído da escravidão, mas continuasse de outra forma”, critica.

O que guia a ação social e a narrativa de Nadine é uma profunda empatia, uma vez que a população de Campo Magro é vista por ela como um espelho de sua própria caminhada: “Eu sei como é o começo do migrante no Brasil. Você não fala a língua, tudo é difícil. Se chega com filho então, tem um monte de limitação e barreiras. Minha realidade poderia ter sido a de Campo Magro, então eu gostaria de ser ajudada”, define.

Dia de luta

Em 1992, mulheres negras organizaram o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas em Santo Domingo, na República Dominicana, onde debateram os problemas enfrentados pela comunidade negra, bem como as alternativas de como resolvê-los. Do encontro nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, que lutou pelo reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, a data foi sancionada pela Lei nº 12.987/2014, como Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder do quilombo Quariterê, no século 18.

Editado por: Fredi Vasconcelos
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