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Impostômetro atinge marca de R$ 1,5 trilhão de tributos pagos no ano 2 meses antes que em 2020

O aumento da carga tributária é reflexo da elevação dos preços dos produtos e serviços, graças à alta da inflação

Brasil de Fato | Recife(PE) |
 Carga tributária brasileira está concentrada nos impostos indiretos
Carga tributária brasileira está concentrada nos impostos indiretos - Foto: Reprodução

O Impostômetro, medidor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) da carga tributária dos brasileiros, marcou R$ 1,5 trilhão na madrugada de hoje (1ª). Esse é o montante que foi pago desde o primeiro dia em tributos federais, estaduais e municipais.

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Em 2020, o mesmo valor foi atingido no dia 28 de setembro, o que mostra que, este ano, os brasileiros estão pagando mais impostos. Segundo a ACSP, parte da alta na arrecadação acontece devido a recuperação econômica, impactada pela crise gerada pela pandemia de coronavírus.

O aumento da carga tributária é reflexo da elevação dos preços dos produtos e serviços, graças à alta da inflação nos últimos meses, principamente nos alimentos. Em nota, a ACSP lembra que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 8,6% em doze meses e o Índice Geral de Preços (IGP), de 33%.

Ao contrário do que o senso comum imagina, o Brasil não está entre os países do mundo que mais cobra tributos e sim entre os que mais taxam a população pobre do país: Aqui, quem tem menos paga mais.

Isso acontece porque a carga tributária brasileira está concentrada nos impostos indiretos, que consistem em taxas sobre o consumo inseridas nos preços de toda e qualquer mercadoria. Segundo dados levantados pela Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) e pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), 49,7% dos impostos do país são recolhidos desta forma.

::Entenda por que os pobres pagam mais impostos no Brasil::

*Com informações da Agência Brasil

Edição: Vinícius Segalla