Rio de Janeiro

"Não está à venda"

Com anuncio de leilão do Palácio Capanema pelo governo federal, protesto é organizado no Rio

Manifestação acontece nesta sexta (20), a partir das 16h, em frente ao edifício localizado no centro do Rio de Janeiro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O palácio é um marco da arquitetura moderna e foi sede de dois ministérios, quando o Rio era capital federal: o da Educação e da Saúde Pública - Tomaz Silva/ Agência Brasil

Com a circulação da notícia de inclusão do Palácio Capanema na lista de imóveis que serão leiloados pelo governo federal, está sendo organizado um protesto contra a medida. O ato acontece nesta sexta-feira (20), a partir das 16h, em frente ao edifício localizado no centro do Rio de Janeiro.

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A manifestação vai contar com apresentações musicais, performances artísticas, colagem de cartazes e distribuição de máscaras. Os organizadores lembram que os participantes devem respeitar as regras de distanciamento por conta da pandemia de covid-19.


O ato acontece nesta sexta-feira (20), a partir das 16h, em frente ao edifício localizado no centro do Rio de Janeiro / Reprodução

O ato está sendo organizado pelo grupo Ocupa Minc, que nasceu dos protestos feitos em 2016, também no Capanema, contra a então extinção do Ministério da Cultura pelo governo de Michel Temer (MDB).

O palácio é um marco da arquitetura moderna e foi sede de dois ministérios, quando o Rio era capital federal: o da Educação e da Saúde Pública. O prédio tem 16 andares e é considerado símbolo do modernismo, com fachada revestida de azulejos de Cândido Portinari e jardim assinado por Burle Marx.

O projeto tem as assinaturas dos mais importantes arquitetos brasileiros de todos os tempos. Entre eles, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira, Afonso Eduardo Reidy e Ernani Vasconcelos. O edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O Ministério da Economia anunciou na última semana o "feirão de imóveis" que vai acontecer no próximo dia 27, no Rio, com a oferta dos 2.263 edifícios e terrenos federais existentes na cidade.

Edição: Mariana Pitasse