Processo

Roberto Jefferson é denunciado pela PGR ao STF por incitação ao crime

Preso desde o dia 13, político é alvo de inquérito que apura suposta organização criminosa com viés antidemocrático

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |

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Presidente do PTB se tornou alvo de inquérito no STF por ter defendido fechamento do STF, cassação de ministros e por ter incentivado a violência contra os magistrados - Arquivo/Agência Brasil

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, foi denunciado oficialmente pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação ao crime. Assinada pela subprocuradora-geral Lindôra Araújo, a denúncia foi protocolada na última quinta (26), mas veio à tona nesta segunda (30). 

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jefferson está preso preventivamente desde o último dia 13 por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a atuação de milícias digitais. A investigação mira a existência de uma suposta organização criminosa com viés antidemocrático e dirigido ao combate às instituições.

O presidente do PTB se tornou alvo do inquérito por ter defendido o fechamento do STF, a cassação dos membros da Corte e por ter incentivado a violência contra os magistrados com base em divergências relacionadas ao teor de decisões tomadas por eles.

Tais elementos estão entre os que hoje apimentam a crise institucional entre os Poderes Executivo e Judiciário. O conflito é inflamado frequentemente por Bolsonaro e aliados, com destaque para Roberto Jefferson.

Na denúncia da PGR, Lindôra Araújo aponta que o líder do PTB também cometeu crimes previstos na Lei de Segurança Nacional (LSN), bem como feriu a legislação que trata de crimes raciais e ainda cometeu crime de calúnia.

Todas essas condutas são apontadas pela subprocuradora como tendo sido praticadas entre fevereiro e julho deste ano.

Após ser notificado pela Justiça, Jefferson tem 15 dias de prazo para se manifestar em relação à acusação da PGR. Caso o STF decida acatar a denúncia de Lindôra, o presidente do PTB pode virar réu no âmbito do processo.

OBS: Com informações dos portais G1 e Folha de SP.

Edição: Leandro Melito