Rio de Janeiro

De olho nas eleições

Crivella entra na Justiça para tentar aprovação das contas de sua gestão como prefeito do Rio

Recurso do ex-prefeito pede também o afastamento do procurador-chefe do Tribunal de Contas Carlos Henrique Amorim Costa

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A defesa do ex-prefeito argumenta que o Rio viveu a pior recessão econômica da história na época  de sua gestão
A defesa do ex-prefeito argumenta que o Rio viveu a pior recessão econômica da história na época de sua gestão - Fernando Frazão/Agência Brasil

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) entrou na Justiça para tentar reverter a decisão do Tribunal de Contas do Município (TCM) que rejeitou as contas apresentadas durante a sua gestão, no período de 2019 a 2020.

Na ação, segundo informações do portal G1, a defesa do ex-prefeito argumenta que o Rio viveu a pior recessão econômica da história na época e que a administração fez todo o esforço possível para manter os serviços públicos.

Além disso, os advogados de Crivella apontam que a rejeição de contas contou com o parecer do procurador-chefe do TCM, Carlos Henrique Amorim Costa. O procurador se aposentou do cargo de procurador em 2017 - mesmo assim, continua exercendo o cargo que ocupa desde 1983.

O recurso do ex-prefeito pede também que Carlos Amorim seja afastado imediatamente do cargo e que todas as manifestações dele desde a aposentadoria sejam anuladas.

Em fevereiro deste ano, o Ministério Público (MP) abriu um processo para investigar a situação do TCM e o processo corre em sigilo.

Na abertura das investigações, o TCM negou que houvesse qualquer irregularidade na situação do procurador-chefe, mas ainda não se pronunciou sobre o recurso de Crivella.

Crivella teve as contas na gestão da Prefeitura do Rio de Janeiro reprovadas, em votação do TCM, no último dia 11. A decisão dos conselheiros foi unânime e é referente ao ano de 2020, o último da gestão Crivella. O parecer foi enviado para votação na Câmara dos Vereadores, se aprovado o ex-prefeito do Rio poderá ficar inelegível pelo período de oito anos. 

Edição: Mariana Pitasse