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Em dia de manifestações pelo país, programa Bem Viver destaca 27ª edição do Grito dos Excluídos

A mobilização, que reúne trabalhadores do campo e da cidade, ocorre tradicionalmente no dia 7 de setembro

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A edição deste ano do Grito dos Excluídos e das Excluídas tem como lema “na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!” - Brenda Balieiro/ MST

Na edição desta terça-feira, dia 7 de setembro, o programa Bem Viver traz como destaque as manifestações que marcam o Dia da Independência do Brasil. Uma das mobilizações mais tradicionais desta data, o Gritos dos Excluídos e das Excluídas, que chega, neste ano, à 27ª edição. 

Em entrevista ao programa, a economista Sandra Quintela, que é membro da Rede Jubileu Sul, que integra a organização do movimento, explicou o porquê de os atos acontecerem sempre no 7 de setembro. Ela ressalta que a mobilização propõe um questionamento sobre a independência do país, que exclui a participação do "povo de baixo". 

“O Brasil não nasce em 22 de abril, ele nasce como nação em 7 de setembro. E aí vem a pergunta: nós somos independentes? Essa independência foi conquistada ou foi uma negociata?”, questiona a organizadora do Grito.  

“Para se tornar um país independente, o Brasil teve que arcar com a dívida de Portugal com a Inglaterra. Então, o país já nasce endividado. É a única história na América Latina e no Caribe em que o próprio colonizador proclama a independência”, aponta Quintela.  

O tema permanente do Grito é "Vida em primeiro lugar", e o lema, neste ano, é “na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!”.

Outro assunto abordado nesta edição do programa é o possível racha no setor do agronegócio, tradicional aliado do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Entidades se reuniram e lançaram uma carta em defesa dos valores democráticos e criticando atos com raiz golpista neste 7 de setembro.

Covid-19 

No boletim de atualizações sobre a pandemia no Brasil, destaque para a manutenção da tendência de queda dos óbitos e casos de coronavírus no país. O informativo também destaca a afirmação do presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira (6), de que estaria trabalhando para revogar a legislação que determina a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. 

Alerta para quem pretende tomar a dose nesta terça-feira: por conta do feriado, algumas cidades interromperam a aplicação da vacina. Portanto, procure saber se os postos do seu município estão abertos, para não perder a viagem. 

Arte e saúde

Para marcar o Setembro Amarelo, mês que se dedica à discussão para a prevenção do suicídio, o programa traz, no quadro Mosaico Cultural, uma reportagem sobre iniciativas pelo país que buscam romper com preconceitos relacionados aos transtornos mentais por meio da música e das artes.

Sintonize

O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Edição: Geisa Marques