Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Opinião

OIT

Artigo | Saída do Brasil da Convenção 169: país irá pactuar com retrocesso em direitos humanos?

Tratado internacional ratificado pelo país é um dos mais importantes para direitos de populações tradicionais

10.set.2021 às 15h11
São Paulo (SP)
Cláudia Pinho, Samara Pataxó e Vercilene Dias

É no direito à consulta que os povos encontraram uma forma de dizer ao Estado e à sociedade: “olhem, nós existimos! Estamos aqui, temos direitos e queremos eles garantidos e efetivados”. - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é um importante e necessário instrumento para os povos e comunidades tradicionais brasileiras na defesa de suas vidas e de sua existência enquanto grupo étnico.

Entre todas as garantias subscritas no Tratado Internacional, o direito à consulta, prévia, livre e informada é um dos pontos mais reivindicados, que adentrou os corações e mentes dos povos e comunidades tradicionais violados e invisibilizados nos seus direitos.

Cada vez mais internalizada e apropriada pelos povos e comunidades tradicionais, a Convenção 169 é reconhecida amplamente nesses territórios. Dificilmente chegaremos hoje em uma comunidade indígena, quilombola ou de povos e comunidades tradicionais e não encontraremos alguém que se orgulhe em dizer que tem o direito de ser consultado sobre obra, lei ou empreendimento que afete seu território ou modo de vida.

O Tratado tornou-se um dos principais instrumentos normativos de garantia e visibilização das violações e busca efetivar os direitos dos povos indígenas, quilombolas e povos e comunidades tradicionais no Brasil.

: Leia também: Pelo menos 750 mil pessoas tiveram conflitos na mineração em MG em 2020

Isso porque, além da grande intensidade do conteúdo trazido pela Convenção 169 – como o reconhecimento dos direitos territoriais, os direitos à auto-atribuição e à autonomia dos povos, o direito à consulta, educação e assistência à saúde, entre outros – o tratado constitui-se como marco importante de reconhecimento das diversidades. 

É no direito à consulta que os povos encontraram uma forma de dizer ao Estado e à sociedade: “olhem, nós existimos! Estamos aqui, temos direitos e queremos eles garantidos e efetivados”.

É a partir dessa garantia que buscam se organizar e mobilizar para efetivação do direito à consulta prévia, livre e informada com a construção dos protocolos autônomos de consulta – hoje um dos instrumentos pensados e construídos pelos povos e que traz parâmetros e diretrizes de como querem e devem ser consultados pelos Estado. 

Nesse sentido, a Convenção 169 não é só um instrumento de constituição de um direito, ela é em si o reconhecimento desses povos pelos Estados signatários. Isso se reflete em políticas e ações. A Convenção 169 tem orientado parâmetros para diversas normas e políticas públicas brasileiras desde a ratificação da norma pelo país, em 2002 – como na estruturação de programas de saúde e educação dirigidas aos povos indígenas e quilombolas.

: Leia mais: No Paraná, reserva indígena guarani recebe 3,5 toneladas de alimentos

Na contramão aos direitos destes povos, o deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS) apresentou ao Congresso Nacional a Proposta de Decreto Legislativo (PDL) nº 177/2021, que se encontra em tramitação. Tal proposta autoriza o presidente da república a denunciar a Convenção 169 da OIT. Ou seja, caso aprovado, Jair Bolsonaro estará autorizado a retirar Brasil da Convenção que é considerada um dos principais marcos internacionais de proteção dos direitos dos povos tradicionais, sendo reconhecida em 23 países. 

Essa é mais uma ação racista do Estado brasileiro e de tentativa de enfraquecimento da normativa que trata dos direitos e garantias fundamentais dos povos. Por extensão, é um ataque aos povos tradicionais e à toda sociedade brasileira. 

A tentativa de denúncia da Convenção 169 da OIT também tem implicações diretas na criação de um ambiente propício à aprovação de outros projetos de leis anti-indígena, anti-quilombola e demais povos, como o PL nº490/2007, que busca estabelecer um marco temporal para os povos indígenas.

Cabe a nós afirmarmos que os ataques à Convenção 169, além de inconstitucionais, violam direitos ao invés de assegurá-los. É inaceitável o Brasil assumir uma ação de regressividade e um retrocesso legal no reconhecimento dos direitos de povos e comunidades tradicionais. Se assim ocorrer, perdem as comunidades, perde a sociedade, perde o país. 

 

*Vercilene Dias é quilombola Kalunga, advogada popular da Conaq e Terra de Direitos, doutoranda em Direito pela UnB.

*Cláudia Pinho é pantaneira, bióloga e coordenadora da Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneiras 

*Samara Pataxó é indígena, assessora jurídica da Articulação dos Povos Indígenas (Apib) e doutoranda em Direito pela UnB.

**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Anelize Moreira
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

AGRICULTURA FAMILIAR

STF suspende despejo de 500 famílias solicitado pela Suzano no Maranhão

Segue sem acordo

Sem citar provas, Gilmar Mendes critica ONGs na retomada das audiências de conciliação sobre marco temporal

EDUCAÇÃO

Enem 2025: saiba critérios para pedir isenção da taxa de inscrição

MONITORAMENTO

Apesar da redução, desmatamento ainda ameaça futuro da Mata Atlântica

5ª edição

‘Foi gigante em todos os sentidos’: dirigente do MST comemora sucesso da Feira da Reforma Agrária em SP

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.