Rio de Janeiro

MEDIDAS IMPOPULARES

Bombeiros e policiais fazem ato no RJ contra "pacote de maldades" do governador Cláudio Castro

Medidas exigidas pela União para "novo" Regime de Recuperação Fiscal estão em debate por deputados da Alerj

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Alerj bombeiro pm
Um dos trechos de maior fluxo de carros do Centro do Rio, o cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua da Carioca está interditado desde cedo - Centro de Operações Rio

Bombeiros e policiais militares, além de outras categorias de servidores públicos do estado do Rio, fazem uma manifestação desde o início da manhã desta quarta-feira (15) em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no centro da capital fluminense. O protesto é contra as medidas do governador Cláudio Castro (PL) e que estão sendo chamadas de "pacote de maldades".

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Por conta do ato, as avenidas Rio Branco e Nilo Peçanha, além da Rua da Carioca, estão parcialmente interditadas desde o início da manhã. Do lado de dentro da Alerj, deputados estaduais debatem as propostas que foram entregues na última terça-feira (14) pelo governador. As medidas são exigidas pela União para firmar o novo Regime de Recuperação Fiscal do estado.

Entre as medidas enviadas por Castro ao Poder Legislativo estão o fim do ajuste salarial trienal dos servidores e a pensão pós-morte para familiares. As categorias afirmam que, se aprovadas na Alerj, as medidas do Executivo estadual poderão alongar o tempo de congelamento dos salários, além de trazer outras consequências para os servidores.

O movimento é organizado por agentes da ativa, aposentados e pensionistas da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Penal e do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).

As ações que o governo estadual pretende aprovar na Alerj incluem a limitação de investimentos públicos, o chamado "teto de gastos", mesma receita utilizada pelo governo federal a partir da aprovação e promulgação em 2016 da Emenda Constitucional 95, que passou a limitar o investimentos em saúde e educação públicas.

Na Alerj, alguns deputados se manifestarem contra a proposta inicial de Castro. Para o deputado Luiz Paulo (Cidadania), a crise fiscal alegada pelo governo estadual "é uma crise de receita, e não de despesa".

"O pacote não trouxe nada relacionado ao aumento de receita e isso me preocupa. A previsão para 2030 é de um crescimento pífio de 1,5% ao ano. Fiquei esperando o Executivo apresentar alguma proposta para aumentar a arrecadação”, criticou o deputado.

Edição: Eduardo Miranda