Direitos digitais

Equador marca para outubro julgamento de especialista em segurança digital amigo de Assange

Organizações de direitos humanos afirmam que Ola Bini é alvo de perseguição do Estado

Brasil de Fato | São Paulo |
O ativista digital Ola Bini estava preso desde o dia 11 de abril no Equador e foi libertado na última sexta-feira (21)
O ativista digital Ola Bini estava preso desde o dia 11 de abril no Equador e foi libertado na última sexta-feira (21) - Cristina Vega / AFP

O Judiciário do Equador marcou o julgamento do ativista em segurança digital Ola Bini. Nos dias 21 e 22 de outubro, o ativista terá sua audiência de julgamento no Tribunal Penal da Corte da Província de Pichincha.

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O sueco é amigo de Julian Assange e foi detido no Equador poucas horas após o fundador do WikiLeaks ser preso em Londres, em abril de 2019, após o então presidente equatoriano Lenín Moreno revogar seu estado de asilo. Bini ficou detido por autoridades equatorianas por 70 dias, ao fim sendo solto para responder o processo em liberdade,

:: Especial: Caso Ola Bini ::

Relatório da ONG Acess Now, construído com base em pesquisa da Universidade de Harvard, aponta que Bini é alvo de assédio judicial e é perseguido sem provas de qualquer crime. A Anistia Internacional afirma que encontrou "violações do processo legal que podem significar que o caso contra Ola Bini é injusto" e pediu que o estado equatoriano pare de "intimidar" seus advogados.

Inicialmente, Bini foi acusado por um suposto ataque a sistemas informáticos, mas posteriormente a promotoria trocou a acusação e o acusou de acesso não consentido a um sistema digital.

* Com informações de Sputnik Mundo.

Edição: Arturo Hartmann