Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

PRIVATIZAÇÃO

CPI denuncia aparelhamento de companhia energética de MG. Zema chama de ‘coisa minúscula’

Trabalhadores denunciam método do governo de piorar o serviço para justificar a venda da estatal

18.set.2021 às 18h33
Belo Horizonte (MG)
Wallace Oliveira

cemig foto - Créditos da foto: Divulgação/Suno

Há dois meses, possíveis irregularidades na gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), durante o governo Romeu Zema (Novo), são investigadas por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa mineira. Há denúncias de favorecimento de empresas e de pessoas próximas ao governador e ao seu partido, além de contratações irregulares de grandes prestadoras de serviços e espionagem.

 Empresa derrotada em uma licitação foi subcontratada em sequência para a mesma atividade

Em entrevista a seu aliado na TV Record, o deputado Mauro Tramonte (Republicanos), Romeu Zema disse que a CPI está “pegando em coisinha minúscula”. Abaixo, o Brasil de Fato traz quatro exemplos de “coisas minúsculas” citadas nas investigações.

Coisa minúscula 1: subcontratação de empresa que perdeu licitação

Em fevereiro de 2020, em um processo de licitação para serviços de teleatendimento da Cemig, a empresa AeC, fundada pelo ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Zema, Cássio Rocha de Azevedo, tinha sido derrotada pela concorrente Audac. Porém, meses depois, sem dar início ao serviço, a Cemig suspendeu o contrato da Audac.

Em fevereiro de 2021, a companhia firmou com a transnacional de tecnologia IBM, sem licitação e sem concorrência, um contrato de R$1,1 bilhão, por serviços de consultoria em transformação digital, desenvolvimento e operação de um modelo de atendimento a clientes, pelo período de 10 anos.

No dia 30 de agosto, o superintendente do Centro de Serviços Compartilhados da Cemig, Wantuil Dionísio Teixeira, disse à CPI que a IBM subcontratou a empresa AeC, derrotada anteriormente na licitação, para prestar serviços de teleatendimento.

Entre 7 fevereiro de 2020 e 9 junho de 2021, a Cemig firmou 34 contratos sem licitação, somando R$ 1,185 bilhão

A ex-superintendente de relacionamento comercial da Cemig, Sílvia Cristiane Martins Batista, reconheceu que não é comum que uma empresa derrotada em uma licitação recente seja subcontratada para a mesma atividade.

À CPI, o presidente da Audac, José Roque, disse que cobra da Cemig, na Justiça, uma indenização de R$13,5 milhões, como compensação pelo investimento feito e os contratos que deixou de fazer com outras empresas.

“Uma nova prática foi inaugurada na gestão Zema na Cemig: a garantia de contratação a quem perde a licitação. A IBM não tem em seu portfólio nenhuma excelência de atendimento às pessoas que justificasse a Cemig ter construído os passos para chegar à IBM. Deveria ser constrangedor, a gente está diante da subcontratação de quem perdeu a licitação”, criticou a deputada Beatriz Cerqueira (PT), integrante da CPI.

Coisa minúscula 2: gestão paralela 

As investigações têm apontado, em diversas circunstâncias, suspeitas de uso da companhia pelo governo para favorecer empresas e pessoas próximas, com suspeitas de interferência do partido de Zema. 

Um exemplo é o que teria ocorrido com a Exec, uma empresa de recursos humanos que foi responsável pela seleção do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, em janeiro de 2020, e de três diretores. No ano passado, a mesma empresa assessorou o partido Novo no recrutamento de candidatos a prefeito em oito capitais brasileiras. Dois sócios da Exec, os empresários Rodrigo Foz Forte e Carlos Eduardo Altona, são filiados ao Novo.

O diretor adjunto de gestão de pessoas da Cemig, Hudson Félix de Almeida, confessou à CPI que a Exec foi contratada sem licitação e sem passar pelo Conselho de Administração. O vínculo da Cemig com a Exec só foi formalizado após o serviço ter sido executado.

Presidente da Cemig contratou para si um coaching por R$ 156 mil

Para selecionar o presidente da companhia, a Exec teria encaminhado uma proposta aos cuidados do empresário Evandro Veiga Negrão de Lima Jr., que não tem vínculo com a Cemig, mas é secretário de assuntos institucionais do Novo, partido de Zema. Evandro Veiga é o mesmo que, em 2018, cedeu um avião particular para a campanha do governador.

Outro exemplo foi apurado pela deputada Beatriz. Na última semana, ela relatou que, entre 7 fevereiro de 2020 e 9 junho de 2021, a Cemig firmou 34 contratos que, supostamente, não exigiriam licitação, somando um valor de R$ 1,185 bilhão. Do total, nove contratos foram formalizados e pagos após a execução do serviço, prática conhecida como “convalidação”. Um desses contratos, segundo a deputada, foi com a empresa de advocacia Lefosse, que já teve como sócio o diretor jurídico da Cemig, Eduardo Soares.

Coisa minúscula 3: espionagens

Outra empresa cujo vínculo só foi formalizado após a “prestação do serviço” é a Kroll Associates Brasil Ltda, especializada em investigações no âmbito corporativo. A Kroll é a mesma que, há uma década e meia, foi investigada pela Polícia Federal na Operação Chacal, por espionar a Telecom Itália e membros do governo federal com grampos ilegais e roubo e compartilhamento de dados protegidos por sigilo fiscal, a pedido do banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity.

Técnicos da Cemig, que questionaram a facilitação de contratos sem licitação, teriam sido espionados pela Kroll. Isso foi dito pelo ex-titular da Gerência de Direito Administrativo da Cemig, o advogado Daniel Polignano Godoy, em depoimento do dia 9 de setembro. 

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::

Daniel também contou que, na madrugada de 4 dezembro de 2020, dados da Cemig foram copiados de seu computador profissional por um funcionário da Kroll, acompanhado por uma integrante da Diretoria Jurídica. Segundo a CPI, a Kroll atuou por cinco meses sem contrato na Companhia.

“Precisamos acionar a Ordem dos Advogados do Brasil para que tome providências legais sobre essa arapongagem, já que o mesmo sigilo profissional foi violado pela Cemig, ao invadir, na calada da noite, o computador de seu funcionário”, disse o deputado Professor Cleiton (PSB), vice-presidente da Comissão.

Coisa minúscula 4: “contratações pueris”

O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG), Emerson Andrada, destaca também o que ele chama de “contratações pueris”, isto é, que não têm relevância para o tipo de serviço que a Cemig presta.

Emerson lembra o caso da contratação, por R$ 156 mil, do coaching e psicólogo Wladimir Ganzelevitch, de São Paulo, para aconselhamento do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, por um prazo de dois anos.

“Segundo informações que recebemos, esse psicólogo já exercia a consultoria de coaching ao senhor Passanezi e, ao assumir a Cemig, ele o contrata como uma espécie de serviço pessoal à presidência. Se ele resolve contratar um psicólogo ou coaching, ele tem todo o direito, mas que o faça com o próprio dinheiro, que não se utilize do patrimônio público”, avalia Emerson Andrada.

Antecipação da privatização

O sindicato alerta que as ilegalidades denunciadas na CPI não são apenas desvios de conduta de integrantes do governo ou da companhia, mas uma metodologia do governo Zema para facilitar e acelerar o processo de privatização da Cemig, que é a empresa mineira de maior valor em termos financeiros e uma das mais lucrativas do país no setor de energia elétrica.

A essa metodologia do governo Zema, o Sindieletro deu o nome de “antecipação da privatização”, que envolve três operações sequenciais. 

A primeira é cortar ao máximo possível as remunerações e outros direitos dos trabalhadores. A segunda  é reduzir as compras, os gastos com manutenção e o atendimento ao consumidor, de modo que, embora precarizado, o trabalho da empresa continue dando lucros aos acionistas. Em terceiro lugar, com a piora no atendimento, a população fica cada vez mais insatisfeita com os serviços, então, o governo prega a privatização como solução do problema.

“O governador piora a Cemig e aponta para a população que, se privatizar, vai melhorar. É uma tática mundialmente conhecida e que o governador Zema, principal responsável pelo patrimônio mineiro, está realizando sem nenhum pudor”, explica Emerson Andrada. Segundo ele, essa metodologia permite reduzir o preço da empresa para possíveis compradores: “se a Cemig tivesse que ser vendida há três anos, quando Zema assumiu, ela seria negociada a um preço maior”.

Andrada reforça que quem perde é a população, seja com a má prestação dos serviços, seja com a venda do patrimônio público a baixo preço, seja porque, com a privatização, as contas de energia tendem a ficar ainda mais caras.

“A empresa que comprar a Cemig vai, imediatamente, tentar recuperar o alto investimento feito na compra da empresa. Na prática, recuperar o alto investimento significa aumentar as tarifas de energia ao máximo. E, sem dúvida, a tarifa que já está muito alta, por conta de bandeira vermelha, vai aumentar muito mais”, prevê.

 

Editado por: Elis Almeida e Sarah Fernandes
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

trégua no genocídio

Hamas segue sem resposta de Israel sobre cessar-fogo em Gaza; bombardeios mataram mais 35 palestinos neste sábado (5)

Tradição

A festa não acaba no São João: ritos tradicionais duram o ano inteiro no Maranhão

É DIA DE ROCK, BEBÊ

Festival de rock agita o Agreste a partir deste sábado (5), com eventos ao longo de todo o mês

Cúpula do Brics

Lula defende multilateralismo para conter protecionismo e estabelecer diretrizes inteligência artificial

BENEFÍCIO

Saiba como vai funcionar a tarifa social de energia, que passa a valer neste sábado (5)

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.