Relação com lobista

Após pedido de convocação da CPI, Jair Renan mostra armas e provoca senadores: “Alô, CPI”

Alessandro Vieira explicou a possível convocatória do filho do presidente: “Para que ele possa dar um alô pessoalmente"

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Armas - que podem ser de brinquedo ou reais - exibidas em vídeo publicado pelo filho mais novo de Jair Bolsonaro - Reprodução

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou, nesta segunda-feira (20), um pedido para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid convoque Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para prestar depoimento à comissão. Nesta tarde, o herdeiro provocou os parlamentares suas redes sociais.

Mostrando uma gaveta repleta de armas (que não podem ser identificadas como réplicas ou armamentos reais), Jair Renan escreveu: “Alô, CPI kkkkk”. No Twitter, Vieira respondeu ao filho do presidente. “Apresentei requerimento para convocar o senhor Jair Renan, para que ele possa dar pessoalmente um alô para à CPI e preste esclarecimentos sobre seus vínculos com o lobista Marconny Faria e supostas ameaças a parlamentares. A lei vale para todos.”

Jair Renan está na mira da CPI da Pandemia por conta de sua relação com Marconny Faria, o lobista da Precisa Medicamentos. Ele seria o contato da empresa no Ministério da Saúde, para um contrato de R$ 1 bilhão em vacinas.

Faria teria ajudado Jair Renan a abrir uma empresa, de acordo com documentos obtidos pela CPI da Pandemia. Mensagens trocadas entre os dois, pelo Whatsapp, que foram entregues aos parlamentares pela Polícia Federal, mostram mais de uma centena de mensagens.

Recentemente, Jair Renan se mudou para uma casa avaliada em R$ 3,2 milhões, em Brasília. O filho do presidente divide a mansão com sua mãe, Ana Cristina Valle, que já está convocada pela CPI para explicar sua relação com Marconny Faria.

Valle é acusada, também, de ser a operado do esquema de rachadinha no gabinete do filho, Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro. Ela foi chefe de gabinete do parlamentar e empregou outros sete familiares no local.

Edição: Vinícius Segalla