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Ao vivo: Ministro da CGU deve explicar à CPI omissão diante de supostas fraudes na Saúde

Para Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, Wagner Rosário prevaricou ao não tomar medidas contra esquemas na pasta

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Wagner de Campos Rosário, Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) - Fernando Frazão/Agência Brasil

Caminhando para a reta final, os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid escutam Wagner de Campos Rosário, Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), nesta terça-feira (21).

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O presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), irá cobrar de Rosário explicações sobre sua suposta omissão diante das negociações irregulares dentro do Ministério da Saúde na aquisição de imunizantes contra a covid-19. Para Aziz, Rosário pode ter cometido crime de prevaricação. 

“O que ele tem que explicar não são as operações que ele fez, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida, não. Ele vai jogar aqui é no nosso campo. E Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens [sobre negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde] desde 27 de outubro de 2020, ele é um prevaricador”, afirmou o parlamentar.

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Nas redes sociais, Rosário rebateu a acusação. “Senador Omar Aziz, calúnia é crime!!! A autoridade antecipar atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação também é crime!!! Aguardando ansiosamente sua convocação”, escreveu em seu perfil no Twitter. E teve direito a tréplica: o presidente Omar Aziz respondeu, por sua vez, que “prevaricação também é crime”.

Durante o depoimento de Marconny Faria, suspeito de ser um um lobista da Precisa Medicamentos junto ao Ministério da Saúde, Omar Aziz mais uma vez fez declarações sobre Rosário. “Wagner Rosário é um prevaricador. Ele tem que vir mesmo aqui [na CPI]. Como ele sabia que Roberto Dias [ex-diretor de Logística da pasta federal] estava operando dentro do Ministério da Saúde e não tomou providência? Ele tem que explicar.”

Estados e municípios

No requerimento de convocação de Rosário, de autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), o parlamentar informa que a CGU enviou dados sobre 53 operações que investigam o desvio de recursos por estados e municípios, chegando a um total de R$ 1,6 bilhão. “O prejuízo efetivo apurado até agora atingiu quase R$ 39,2 milhões, e o prejuízo potencial é de R$ 124,8 milhões. Assim, o prejuízo total pode alcançar R$ 164 milhões”, argumentou o senador. 

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Acompanhe a sessão ao vivo pelo Youtube do Brasil de Fato:

E confira os destaques do depoimento pelo Twitter:

Edição: Vivian Virissimo