meio ambiente

Quer ajudar a preservar nascentes do Cerrado? O Programa Bem Viver conta como

Campanha da Pastoral da Terra reúne fundos para compra de mudas e de materiais para cercar nascentes em risco

Ouça o áudio:

Cerrado concentra três aquíferos fundamentais para o regime hídrico do país - José Cruz/ Agência Brasil
O Cerrado é responsável, inclusive, por abastecer grandes centros populacionais do país

Para marcar o Mês de Defesa do Cerrado, celebrado em setembro, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) iniciou uma nova fase da campanha Salve uma Nascente, lançada em maio, com o objetivo de mobilizar a população para preservar as nascentes do Cerrado, considero o berço das águas do Brasil. Neste novo momento é hora de recolher doações para comprar materiais para cercar nascentes e adquirir mudas para recuperação da mata ciliar.

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“Todo esse processo tem o objetivo de recuperar e multiplicar as ações de recuperação de nascentes, para que a água chegue aos rios e às torneiras das casas das pessoas. Sem água não há vida”, disse a ambientalista Leia Cristina Lemos, uma das articuladoras da campanha, em entrevista a edição de hoje (21) do Programa Bem Viver.

Ela lembrou que o Cerrado concentra três aquíferos fundamentais para o regime hídrico do país. “O Cerrado depende de diversos fatores para a manutenção de sua rede hidrográfica. Ela é responsável, inclusive, por abastecer grandes centros populacionais do país.”

A arrecadação de verba para a campanha é feita pelo por meio de uma vaquinha online. Todo o montante arrecadado será usando na recuperação de cinco nascentes que correm risco de desaparecer, localizadas em comunidades camponesas acompanhadas pela CPT em Goiás, Maranhão, Piauí, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Em outubro, tem início a terceira etapa do projeto, na qual técnicos vão a campo implantar as ações para recuperar as nascentes.

Bolsonaro na ONU

O presidente Jair Bolsonaro fez hoje (21) seu terceiro discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em uma fala marcada por distorção de dados e mentiras. Desde domingo (19), sua passagem por Nova Iorque, onde ocorre o evento, tem causado mal entre autoridades, já que o presidente se nega a mostrar o comprovante de vacinação contra a covid-19.

O primeiro-ministro britânico, Bóris Johnson, recomendou em tom debochado que Bolsonaro se vacine contra covid-19. Na noite da segunda-feira (20), o prefeito de Nova Iorque, Bill de Blasio fez uma postagem em uma rede social indicando os pontos de vacinação na cidade e marcou Bolsonaro no texto.

Na chegada, Bolsonaro e os ministros que o acompanham jantaram na calçada, por conta das medidas de segurança de Nova Iorque que exigem comprovante de vacinação pra entrar em restaurantes. O presidente impôs sigilo sobre informações a respeito da sua vacinação.

Tanto em 2019, como em 2020, o discurso teve mentiras, distorções da realidade e desalinhamento com a posição histórica do Brasil em política internacional. Nas outras oportunidades, o presidente chegou a dizer que a responsabilidade do fogo na Amazônia era dos indígenas e povos ribeirinhos.

Além da sala de aula

No último domingo (19) foi comemorado o centenário do educador popular Paulo Freire, que revolucionou a história da educação no Brasil e no mundo. Mas não é só na pedagogia que o pensador se destaca: o legado do patrono da educação brasileira também é inspiração para outras iniciativas culturais, como peças de teatro, blocos de carnaval e cordéis.

“Paulo Freire diz que ‘eu não posso ser se os outros não são. Sobretudo não posso ser se proíbo que os outros sejam’. Então ele jamais vai impor as suas ideias a alguém, mas ele está sempre propondo, e em diálogo construir algo que abarque a todos, a todas e a todes”, diz o ator Richard Riguetti, que faz parte do elenco da peça “Paulo Freire — o andarilho da utopia”.

Outro centenário para ser celebrado é o do cantor e compositor Zé Ketti, um dos precursores do samba no Brasil e autor de pelo menos 200 canções que ainda são sucesso nas rodas de samba do país. No último dia 16, o sambista completaria 100 anos. Ele faleceu em 1999, aos 78 anos, vítima de uma parada cardíaca.

Nascido no Rio de Janeiro, Zé Ketti é reconhecido por muitos estudiosos da música brasileira por ter sido o primeiro compositor que desceu o morro e popularizou o samba na capital fluminense. A luta antirracista e a denúncia da desigualdade social estão muito presentes em suas composições, entre elas “A Voz do Morro”, “Opinião” e “o Favelado”.


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O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).

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Edição: Sarah Fernandes