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Reconhecimento

MST-RJ recebe Medalha Pedro Ernesto, maior honraria da capital fluminense, pelos seus 25 anos

Na Câmara do Rio, iniciativa foi de autoria de Tarcísio Motta (Psol) vereador mais votado da cidade nas últimas eleições

24.set.2021 às 15h32
Rio de Janeiro (RJ)
Eduardo Miranda

A entrega da honraria foi feita a Marina dos Santos, da direção nacional do MST, no Armazém do Campo, localizado na Lapa - Clarice Green

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Rio de Janeiro (MST-RJ) recebeu a maior condecoração oferecida pela Câmara Municipal do Rio, a Medalha Pedro Ernesto, pelos seus 25 anos. A entrega da honraria foi feita a Marina dos Santos, da direção nacional do MST, no Armazém do Campo, localizado na Lapa, região central da capital fluminense, na última quinta-feira (23).

Leia também: Trabalhadores rurais cobram com urgência a criação de assentamento nas terras da Cambahyba (RJ)

Ao receber a medalha em nome do MST, Marina ressaltou a importância da homenagem em um contexto de retrocessos dos direitos da classe trabalhadora, das políticas da reforma agrária, das políticas de fortalecimento da agricultura familiar camponesa e das lutas dos direitos dos indígenas, que são também a luta do movimento no Brasil.

"A homenagem reconhece o MST na essência de seus objetivos desde seu nascedouro em 1984, em nível nacional, mas também se faz nesses 25 anos do MST no estado do Rio, reconhece a ocupação da terra que não cumpre sua função social, que o MST é um movimento que quer recuperar e proteger a água, o meio ambiente e a biodiversidade, que exerce a democracia através da sua forma de organização, faz os pobres participarem da organização e das decisões", afirmou.

 
 
 
 
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Autor da iniciativa na Câmara do Rio, o vereador e historiador Tarcísio Motta (Psol), mais votado nas últimas eleições municipais da capital, disse que a medalha concedida ao MST-RJ é a afirmação pelo desejo de continuidade da luta dos sem-terra "pelos próximos 25 anos e além". Ele lembrou que a luta pela partilha da terra de forma igualitária é uma luta de muitos séculos.

"Na minha formação de militante, sempre vi o MST como o principal movimento da história do Brasil. Ele me ensinou que terra é para produzir alimento saudável. Democratizar a terra é democratizar o poder, e por isso eles têm tanto medo da reforma agrária. Me lembro de ver, na época da universidade, a demonização do MST, como hoje demonizam o movimento feminista, negro, LGBT. Eles têm medo da mudança", afirmou o vereador.

Leia mais: "Assentamento do MST em Macaé (RJ) se contrapõe à 'terra atrasada' Bolsonaro", aponta advogada

Paulo Alentejano, professor de geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e membro do MST, ressaltou que o Rio de Janeiro tem 2,3 milhões de hectares de áreas rurais, mas 70% é utilizada como pastagens e apenas 10% está voltada para a agricultura alimentar.


Integrantes do MST participaram de ato de entrega da medalha no Armazém do Campo, na Lapa, região central do Rio / Clarice Green

"Os cariocas conhecem muito pouco o estado do Rio e a luta do MST. Essa lógica de um Rio de Janeiro profundamente urbanizado faz com que muitas vezes não se valorize a luta dos trabalhadores no campo. Mais gente produzindo alimentos é mais gente tendo sua realidade transformada", acrescentou.

Honraria

Membro do Centro de Teatro do Oprimido e fundador da Escola de Teatro Popular (ETP), Geo Britto fez um resgate de histórias que mostram o entrelaçamento entre arte e cultura e a luta pela terra desde os anos 1960. Ele disse que as trajetórias do MST, do diretor e dramaturgo Augusto Boal e de movimentos culturais politizados, como o Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC da UNE), se confundem.

"Sem o movimento camponês não haveria o Teatro do Oprimido. O MST é uma das principais ferramentas de resistência para a conquista da democracia. Hoje, aqui, não é o MST que recebe a Medalha Pedro Ernesto, é a Medalha Pedro Ernesto que tem a honra de receber o MST", afirmou Geo Britto.


Evento aconteceu no Armazém do Campo, espaço de comercialização do MST na cidade do Rio / Clarice Green

Membro da direção nacional do MST-RJ, Luana Carvalho lembrou das lutas, ocupações e despejos ao longo das duas décadas e meia. Entre as conquistas, ela mencionou os 19 assentamentos, as mais de 2 mil famílias assentadas no estado do Rio e as escolas e cooperativas construídas nessa trajetória.

"Continuaremos lutando porque há ainda muito latifúndio no Rio de Janeiro e no Brasil. O MST segue enquanto houver latifúndio e para derrubar essas cercas", disse ela.

Leia mais: "Ocupar Cambahyba (RJ) é pressionar o Incra por reforma agrária de fato", diz MST

Já João Pedro Stédile complementou, em sua participação por vídeo, que o Brasil vive sua pior crise diante da intensificação da concentração de riqueza nas mãos de poucos, da desigualdade social e dos altos índices de desemprego e das mais de 590 mortes pela covid-19 decorrentes da sequência de negligências do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

"A agricultura aqui tem sido um confronto permanente entre os modelos do capital, um é o latifúndio que invade áreas indígenas e quilombolas e não produz nada, o outro é o agronegócio, que acumula capital, não produz alimentos, mas commodities para exportação com largo uso de agrotóxico. O MST supera essa visão menor por meio da agricultura familiar, do alimento saudável para todos, da reforma agrária camponesa e popular, da distribuição de terra", explicou Stédile.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: mstmst-rj
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