Moradia

Em plebiscito, Berlim vota pela expropriação de imóveis de grandes imobiliárias

Apesar do voto favorável de mais de um milhão de pessoas, medida ainda precisa ser regulamentada

Brasil de Fato | São Paulo |
Com mais de cem mil unidades habitacionais, a empresa Deutsche Wohnen é um dos alvos da mobilização popular - John Macdougall / AFP

A maior parte dos eleitores de um plebiscito realizado em Berlim quer que a prefeitura da capital alemã exproprie as propriedades de imobiliárias com mais de 3 mil unidades habitacionais. Apesar do apoio de 56,4% dos eleitores, que representam mais de um milhão de pessoas, o plebiscito não tem resultado vinculante e precisa ser transformado em lei pelos partidos da cidade.

A líder da coalizão formada do Partido Social-Democrata (SPD), Partido Verde e A Esquerda, que deverá se manter no poder na cidade, já afirmou que é contra a proposta.

"Isso só seria possível por meio de uma lei de socialização, politica e legalmente controversa, que teria uma implicação muito mais ampla e seria terreno novo do ponto de vista legal", disse Franziska Giffey.

Para que o plebiscito fosse realizado junto com as recentes eleições parlamentares, os organizadores da iniciativa tiveram que coletar 175 mil assinaturas à mão.

"Ignorar o referendo seria um escândalo político. Não desistiremos até que a socialização dos grupos habitacionais seja implementada", disse Kalle Kunkel, porta-voz da iniciativa, em um comunicado obtido pela agência de notícias Reuters.

Em abril de 2021, a Suprema Corte da Alemanha anulou uma lei de Berlim que congelou os preços dos aluguéis na cidade por cinco anos. Cerca de 84% dos moradores da capital alemã são inquilinos.

Apesar do futuro incerto da votação, o resultado foi comemorado nas ruas.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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*Com informações da DW.

Edição: Arturo Hartmann