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Agronegócio

Trabalhadores cruzam os braços na JBS contra ritmo “desumano” de abate para exportação em MS

Produção diária cresceu 16,6% em Sidrolândia; um a cada dez funcionários está afastado, a maioria por esforço repetitivo

07.out.2021 às 14h59
São Paulo (SP)
Daniel Giovanaz

Desde 2014, onze vazamentos de amônia em frigoríficos da JBS foram noticiados na imprensa brasileira - MPT-RS/Divulgação

Cerca de 500 trabalhadores do setor de abate de frangos paralisaram o trabalho por 40 minutos na última quarta-feira (6), na unidade da JBS-Seara em Sidrolândia (MS), em protesto contra o aumento no ritmo de produção.

Maior empresa de proteína animal do mundo, a JBS registrou no 2º trimestre de 2021 lucro líquido de R$ 4,4 bilhões, 29,7% a mais que no mesmo período do ano passado. Foi o maior lucro trimestral da história da companhia.

Todo o frango abatido e desossado no frigorífico de Sidrolândia é destinado para exportação. Os principais compradores são União Europeia, China e Japão. 

No Brasil, o consumo de carne bovina, suína e de frango vem caindo desde 2014. Um dos motivos é a alta dos preços, enquanto a renda média dos trabalhadores brasileiros cai. Só este ano, a carne de frango deve aumentar cerca de 11,8%, conforme dados da consultoria LCA divulgados pelo Estadão.

Antes da pandemia, aquela unidade abatia 180 mil frangos por dia. Este ano, a produção diária aumentou 16,6% e chegou a 210 mil. São três turnos de trabalho, com jornada de segunda a sábado.

Em setembro, o Brasil de Fato noticiou com exclusividade que a JBS ofereceu um churrasco aos funcionários do abate, para tentar atrai-los a trabalhar no domingo. Devido à repercussão da matéria e a uma ação da Procuradoria Regional do Trabalho da 24ª Região, o evento foi antecipado, e os domingos continuam sendo dia de descanso.

A paralisação

“Os trabalhadores vinham reclamando há dias. Não aguentavam mais. Como a gerente e a supervisão não tomaram providência, os trabalhadores largaram o trabalho, saíram da sala de corte e vieram ao saguão”, relata Sérgio Bolzan, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carnes e Aves de Sidrolândia (Sindaves).

Em reação ao protesto, o gerente de produção e o gerente de recursos humanos da unidade chamaram cinco trabalhadores e dois diretores sindicais para negociar a volta ao trabalho.

A empresa teria se comprometido a resolver questões relativas à qualidade dos materiais no abate – facas e “perereca”, material usado para afiá-las.

“Reduzir o ritmo de trabalho era a principal reivindicação, mas isso a empresa não discutiu. Querem desviar o foco”, analisa Bolzan.

Falta mão de obra

Durante a pandemia, 500 trabalhadores indígenas foram afastados, por integrarem grupo de risco. Mesmo com a diminuição de mão de obra, o ritmo de produção não caiu, e chegou a 190 mil, segundo dados do Sindaves.

Hoje, cerca de 1,7 trabalhadores atuam no setor de abate, com 180 afastados pela Previdência Social. O número de funcionários ativos é praticamente o mesmo de quando a unidade abatia 180 mil frangos por dia.

No total da unidade, são 200 trabalhadores afastados pelo INSS – aproximadamente um a cada dez. O sindicato aponta que a maioria dos casos está relacionada a movimentos repetitivos.

“Mais lesões por esforço repetitivo, que são reflexo do aumento do ritmo de trabalho, vão começar agora. Geralmente, aparecem 6 a 8 meses depois”, relata o vice-presidente do Sindaves.

“Muitos trabalhadores da unidade estão saindo, pedindo as contas, porque não aguentam mais.”

Encaminhamentos

Depois da paralisação, a empresa sinalizou que pretende se reunir com os trabalhadores para ouvir suas reivindicações e propor alternativas.

“A empresa quer fazer reunião entre hoje [7] e amanhã [8], mas não aceita que eu e o presidente do Sindaves participemos desses espaços”, questiona Bolzan.

“O setor frigorífico no Brasil nunca lucrou tanto como na pandemia. A JBS praticamente dobrou a receita. Nós não somos contra o aumento da produção, desde que a empresa dê condições, contrate mais trabalhadores, amplie as linhas de produção, e garanta um ritmo acessível. Da forma como é feito hoje, é desumano com os trabalhadores, porque ela ainda pressiona os trabalhadores a não pedir atestado.”

Nos dias 30 de setembro e 6 de setembro, o Sindaves protestou na porta da empresa. No próximo dia 11, os representantes dos trabalhadores farão um seminário com participação do Ministério Público. A ideia é denunciar o aumento do ritmo de produção e, conforme a resposta da JBS, tentar frear as atividades por meio de ação civil pública.

O Brasil de Fato apresentou as críticas e questionamentos à JBS. A empresa respondeu apenas "que a unidade de Sidrolândia está em tratativa com alguns colaboradores que realizaram uma mobilização na manhã de ontem (6) e informa que a planta opera normalmente."

Editado por: Leandro Melito
Tags: jbs
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