Após ser sugerida e defendida como resposta ao feriado do Dia de Cristovão Colombo, o Dia dos Povos Indígenas foi reconhecido e celebrado por um presidente dos Estados Unidos, pela primeira vez, nesta segunda-feira (11). Em comunicado, Joe Biden falou sobre a data em homenagem às populações originárias — mas também não deixou de comemorar a data em memória ao colonizador italiano que encontrou a América.
"Nunca devemos esquecer a campanha de séculos de violência, deslocamento, assimilação e terror forjada contra as comunidades indígenas e nações tribais em todo o nosso país. Hoje, reconhecemos os sacrifícios significativos feitos pelos povos nativos a este país — e reconhecemos suas muitas contribuições contínuas para nossa nação", afirma a Casa Branca em comunicado.
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Em outro texto, Biden relembrou a "viagem histórica" de Colombo que chegou nas Bahamas em 1492. O presidente, contudo, também ressaltou que "hoje" é necessário reconhecer "a dolorosa história de erros e atrocidades que muitos exploradores europeus infligiram às nações tribais e às comunidades indígenas".
"É uma medida de nossa grandeza como nação que não procuremos enterrar esses episódios vergonhosos de nosso passado — que os enfrentemos com honestidade, que os tragamos à luz e façamos tudo o que podemos para enfrentá-los", afirmou o presidente dos EUA.
Antes de ser encampada pelo governo federal, o Dia dos Povos Indígenas já era celebrado por dezenas de cidades e estados dos EUA. A data foi proposta e defendida pelos povos originários dos Estados Unidos ao longo da segunda metade do século XX, acompanhada de uma campanha pela memória do genocídio e a violência praticada pelos europeus durante a colonização da América.
