Distrito Federal

Violência

Movimento realiza ato contra o feminicídio no DF e Entorno nesta sexta, 15

De janeiro até o início de outubro, 18 mulheres foram vítimas de feminicídios no DF

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
A ação acontece nesta sexta, às 16h30, na Praça Marielle Franco, no Setor Comercial Sul - Foto: CUT DF

O Levante Feminista Contra o Feminicídio no Distrito Federal realiza nesta sexta-feira, 15, um ato contra o feminicídio. A ação acontece às 16h30, na Praça Marielle Franco, no Setor Comercial Sul em Brasília e é realizada em parceria com outros movimentos de mulheres do DF e Entorno.

De acordo com o Levante Feminista, o ato tem como objetivo exigir do governo local e federal medidas que agilizem os tratamentos às mulheres vítimas de violência, feminicídio e pela dignidade menstrual.

“A gente tá vendo um crescente número de feminicídio no Brasil e estamos muito preocupadas porque essa pauta não está aparecendo e as mulheres estão sendo cada vez mais violentadas, ultrajadas, estão sendo mortas”, aponta a feminista, produtora cultural e ativista no Levante Feminista, Rita Andrade.

::Feminicídio: indignação não basta::

A atividade também é motivada pelo feminicídio de Cilma da Cruz Galvão, no dia 3 de outubro. Cilma era diretora de Políticas para as Mulheres e Combate ao Racismo do Sindicato de Serviços Terceirizáveis (Sindiserviços-DF) e entrou para as estatísticas como a 18ª mulher vítima de feminicídio no Distrito Federal, em 2021.

“O feminicídio de Cilma foi uma gota num mar de dor, de sofrimento e de indignação que a gente vem vivenciando. Sabemos que a pandemia escancarou as desigualdades sociais no Brasil e sabemos que na ponta está a mulher, a mulher negra, que sofre os maiores impactos de toda essa situação”, destaca Rita Andrade.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), "nos primeiros nove meses deste ano, ocorreram 17 ocorrências de feminicídios em todo o DF”. Os números, disponíveis no portal da Secretaria, indicam que houve um aumento em relação aos crimes cometidos no primeiro semestre de 2020 comparados ao mesmo período de 2021.

Para o Levante Feminista, “o descaso do governador Ibaneis Rocha que não diminui, por meio de políticas públicas eficazes, a demanda entre a prestação de serviços públicos de atenção à mulher e a operacionalidade desses serviços, soma-se a uma falta de humanidade do governo Bolsonaro em debochar da pobreza menstrual ao vetar o projeto que fornece gratuitamente absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade”.

::Artigo | Não nos matem::

“Nós vamos às ruas com proteção, com mascara, com distanciamento para dizer um basta contra a política de morte de Jair Bolsonaro, que são políticas genocidas que vem matando o povo negro, a população LGBTQIA+ e as mulheres”, finaliza Rita Andrade.

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Edição: Márcia Silva