Paraná

Violência policial

“PM mancha seu nome quando usa de violência contra o cidadão", diz vereadora

Vereadores cobram Polícia Militar por agressão contra comerciante em Curitiba

Curitiba (PR) |
Abordagem violenta da Polícia Militar (PM) foi criticada em sessão na Câmara Municipal de Curitiba - Foto: Giorgia Prates

Na sexta-feira (22), durante uma abordagem da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) em seu estabelecimento, a empresária Stephany Rodrigues discutiu com policiais militares, foi derrubada no chão, imobilizada de forma violenta e agredida na cabeça por um agente de segurança. Localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), a hamburgueria foi multada em R$ 30 mil por ferir protocolos de segurança contra a Covid-19. A abordagem violenta da Polícia Militar (PM) foi criticada em sessão na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta segunda (25).

“A PM mancha o seu nome quando usa de violência contra o cidadão. É lamentável o episódio. Vamos fazer uma moção de apoio [à vítima]”, disse Maria Leticia (PV), à frente da Procuradoria da Mulher da CMC, que chamou de “brutalidade” a ocorrência.

Com 28 anos, a empresária Stephany Rodrigues teve ferimentos no braço, pescoço, nariz e boca. Vídeos com o registro da agressão viralizaram na internet desde o ocorrido.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública, Jornalista Márcio Barros (PSD) relatou que desde o final de semana tem procurado as autoridades e que solicitou audiência com o comandante-geral da PM e com os comandantes da capital e da Aifu.

A vereadora Carol Dartora (PT) lembrou de outras abordagens violentas que têm acontecido em Curitiba recentemente, como a morte do jovem Mateus Noga pela Guarda Municipal de Curitiba. "Se a gente vê essa violência acontecendo contra uma empresária, imagina o que acontece nas periferias, nos lugares pobres, onde as pessoas não têm condição", destacou Dartora.

A vereadora também questionou o silêncio de Rafael Greca (DEM) diante dos casos. "O mais bizarro nisso é a omissão do prefeito Rafael Greca. A gente denunciou a morte do Mateus Noga no centro histórico da cidade, com nove perfurações no corpo, baleado pela Guarda Municipal, que age cotidianamente com abordagens truculentas. É muito estranha a insensibilidade do prefeito, que ao não se manifestar parece estar chancelando essas ações”, questionou Carol Dartora.

*Com informações da Câmara Municipal de Curitiba

Edição: Lia Bianchini