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Análise

Artigo | A República Popular da China e a ONU – 50 anos depois

Nunca na história a presença chinesa na ONU e no mundo foi tão necessária

27.out.2021 às 13h17
Rio de Janeiro (RJ)
Elias Jabbour

Xi Jinping discursou na última Assembleia Geral da ONU de maneira remota - Getty Images via AFP

O ano de 2021 marca o cinquentenário de um dos acontecimentos geopolíticos mais importantes do século XX. A Resolução 2.758 da Assembleia Geral das Nações Unidas foi aprovada em 25 de outubro de 1971, reconhecendo a República Popular da China como "o único representante legítimo da China nas Nações Unidas" e retirou "os representantes de Chiang Kai-shek" da Organização das Nações Unidas. Não tratou somente de uma questão burocrática onde uma representação foi trocada por outra. Existe uma história a ser contada.

A Revolução de 1949 levou os comunistas liderados por Mao Tsé Tung ao poder na China. Os derrotados refugiaram-se na ilha de Taiwan autodeclarando a província como “República da China”. A República da China foi um dos 51 países fundadores da Organização das Nações Unidas (ONU) e um dos membros do Conselho de Segurança. Este status quo não fora alterado por mais de 25 anos devido à escalada de tensões entre China e Estados Unidos — desde a Guerra da Coreia, passando pelo apoio chinês contra a agressão imperialista contra o Vietnã.

Observando no conjunto, a admissão da República Popular da China como a única representante do povo chinês na ONU não foi somente uma vitória dos comunistas chineses. Tratou-se da vitória de uma república surgida da maior revolta anticolonial da história e, como tal, por muito tempo foi a principal referência dos movimentos de libertação da Ásia, África e América Latina. Ou seja, o assento ocupado pela República Popular da China na ONU é carregado por um simbolismo que vai muito além da legitimidade do governo de Pequim. É a legitimação de um governo que apoiou, e apoia, as causas mais progressistas de comum interesse dos povos da periferia do sistema.

Leia mais: Análise: a China é mesmo a principal vilã do aquecimento global?

A principal marca da participação chinesa na ONU é exatamente a de porta-voz dos interesses das mais amplas aspirações dos povos oprimidos do mundo. Exemplo disso foi um o discurso proferido por Deng Xiaoping por ocasião da Sexta Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas ocorrida no dia 06 de abril de 1974. Tratou-se de um dos discursos mais profundos proferidos na história da ONU. Deng Xiaoping observou neste discurso que a China deveria declarar claramente ao mundo que "a China não é uma superpotência, nem jamais tentará ser. Se um dia a China mudasse de cor e se transformasse em uma superpotência, se ela também desempenhasse o papel de tirana no mundo, e em todos os lugares sujeitar os outros à sua intimidação, agressão e exploração, as pessoas do mundo deveriam identificá-la como social-imperialismo, expô-lo, opor-se a ele e trabalhar junto com o povo chinês para derrubá-lo" (1).

São palavras fortes vindas daquele que foi reconhecidamente um dos maiores estadistas do século XX. A forma de ação da China na ONU é marcada por coerência e defesa de valores muito caros não somente ao país, mas aos povos do mundo em geral. Nunca foi tão importante o lema histórico da diplomacia chinesa da “paz e desenvolvimento”. Em um mundo onde a tendência à violência imperialista tende a aumentar, nunca foi tão necessária a presença de um grande país como a China para servir de contraponto à irracionalidade e a agressividade do imperialismo norte-americano. Os desafios colocados à humanidade não são coerentes com posturas e atitudes hegemonistas, arrogantes e mesmo racistas. Sim, o imperialismo norte-americano é uma potência não somente agressiva, mas que também tem no racismo uma de suas manifestações mais reacionárias.

Leia mais: China x EUA: Veja os contrastes dos discursos dos presidentes Xi Jinping e Joe Biden na ONU

Sábias forma as palavras do líder chinês Xi Jinping. Ao contrário do líder imperialista Joe Biden que reiteradamente deixou claro em seu discurso o papel de liderança que os Estados Unidos devem exercer no mundo, Xi Jinping demarcou, dizendo: “Os recentes desenvolvimentos da situação internacional mostram, mais uma vez, que a intervenção militar externa e a chamada transformação democrática só acarretam danos. Precisamos defender a paz, o desenvolvimento, a equidade, a justiça, a democracia e a liberdade, que são os valores comuns da humanidade. E rejeite a prática de formar pequenos círculos ou jogos de soma zero” (2).

Nunca na história a presença chinesa na ONU e no mundo foi tão necessária. A humanidade vencerá!

Elias Jabbour, professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCE-UERJ). Artigo produzido em colaboração com o Grupo de Mídia da China.

Notas:

(1) Speech By Chairman of the Delegation of the People’s Republic of China, Deng Xiaoping, At the Special Session of the U.N. General Assembly. Disponível em: https://www.marxists.org/reference/archive/deng-xiaoping/1974/04/10.htm

(2) Chinese President Xi Jinping UN General Assembly 2021 Speech Transcript. Disponível em: https://www.rev.com/blog/transcripts/chinese-president-xi-jinping-un-general-assembly-2021-speech-transcript

Editado por: Thales Schmidt
Tags: chinaestados unidosimperialismojoe bidenonuxi jinping
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