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Início Bem viver Cultura

DESERTIFICAÇÃO

Ameaçada de desertificação, a Caatinga perdeu 9% de área nos últimos 36 anos

Pesquisadores alertam que, caso não haja preservação, existe um grande risco de perdas irreversíveis no bioma

01.nov.2021 às 09h02
Recife (PE)
Lucila Bezerra

Apesar da desertificação ser reversível em alguns casos com ações de recatingamento, a prevenção ainda é a forma mais eficaz de preservar o bioma - Paulo Lopes

A pesquisa Brasil Revelado, do MapBiomas, identificou que 112 municípios da caatinga se tornaram áreas suscetíveis à desertificação entre 1985 e 2020, o que representa 9% da região. Isso quer dizer que esses municípios vão sofrer o empobrecimento do solo, fazendo com que sejam locais ainda mais difíceis de produzir e viver.

Segundo o levantamento, os principais fatores que aumentam a desertificação são o desmatamento, as queimadas e a retração das superfícies de água. Principalmente no que diz respeito à agricultura irrigada e de grande porte, que cresceu 1456%. Para os pesquisadores, isso representa também a pouca preservação desse ecossistema que apesar de ser o único bioma exclusivamente brasileiro, é o menos preservado.

“Se nós compararmos com outros biomas, o percentual nosso é muito baixo, não alcançamos nem 2% de áreas protegidas. Então, nós precisamos divulgar mais as riquezas naturais do bioma e exigir que esse percentual de áreas protegidas se amplie. Caso contrário, a gente tem um risco muito grande disso se acelerar e a gente ter perdas irreversíveis, tanto da biodiversidade, quanto da geodiversidade”, analisa o coordenador da MapBiomas Caatinga, Washington Rocha.

O estado de Pernambuco apresentou um aumento de 259% de áreas sem vegetação nos últimos 36 anos, principalmente no município de Cabrobó, e na divisa com os estados do Ceará e Paraíba. Nesta região, está o município de Jataúba, no agreste pernambucano, onde o técnico em agroecologia e agricultor Gildo José da Silva tem sentido na pele as mudanças nos últimos anos.

“A gente não está mais produzindo como produzia e isso a cada ano vem caindo. Nós estamos produzindo novas culturas, não só porque queremos inovar e produzir novas coisas, mas porque não estamos conseguindo produzir as anteriores. Então, nós saímos de hortas e estamos entrando nos beneficiados, como molho de pimenta, geleia de pimenta, porque resiste mais um pouco, né?”, acredita o agricultor.
  
Outro ponto que contribui para o avanço da desertificação é a falta de conscientização  ambiental, que muitas vezes faz com que as pessoas destruam o solo sem a consciência das consequências dessas ações. 

“A gente reflete que muitas pessoas não têm acesso à educação ambiental, né? Elas nem tem consciência de que isso é um reflexo dos nossos atos, de desmatamento, de apropriação da natureza. E isso remete à de educação ambiental que a maioria das pessoas não têm acesso ainda. Talvez isso seja uma estratégia para a maioria das pessoas não saber que isso é fruto das nossas ações. E não só das nossas ações, porque eu acho que, como camponês, o que ele impacta o meio ambiente não é quase nada se for comparar com os grandes impérios que produzem alimentos ou que fazem a exploração mineral no país.”, destaca a agricultora e estudante do bacharelado em Agroecologia, Campesinato e Educação Popular da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Tatiane Faustino da Silva.

O que preocupa ainda mais é a  dificuldade de se reverter a desertificação, o que faz da prevenção ainda mais importante  pela dificuldade de identificar o processo; uma vez que ele se confunde com os ciclos fenológicos e de seca do bioma. “Então, muitas vezes não sabemos se aquele aspecto da paisagem é um aspecto relacionado a esses ciclos fenológicos ou a esses ciclos climáticos mais amplos ou se é um processo já de desertificação. Qual é a diferença? Nos ciclos naturais, você tem o desfolhamento, a caatinga perde e pode passar até anos desfolhada, mas se tem uma chuva, ela recupera e fica verde rápido. Mas a diferença é que na desertificação ela não vai voltar. Por que que não vai voltar? Porque já houve comprometimento da produtividade do solo e ele não vai sustentar nem uma regeneração natural, muito menos processos de produção agrícola ou outro tipo de exploração do solo.”, acredita o coordenador da equipe Caatinga da MapBiomas.

Até 2018, o Ministério do Meio Ambiente realizava o projeto o Unidade de Regeneração de Caatinga, que tinha como objetivo o seu reflorestamento em alguns pontos mais críticos de desertificação, como Bahia, Ceará, Piauí e Sergipe. Contudo, ele foi cancelado logo no início do governo Bolsonaro.

Editado por: Vanessa Gonzaga
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