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Início Política

REVOLTA DA CHIBATA

Comissão no Senado aprova nome do marujo João Cândido no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

"Almirante Negro" liderou em 1910 revolta após castigos físicos e maus-tratos impostos a soldados negros da Marinha

02.nov.2021 às 19h06
Rio de Janeiro (RJ)
Redação
riodejaneiro

Após liderar revolta no Rio, João Cândido foi expulso da Marinha e preso por dois anos na Ilha das Cobras - Reprodução

A Comissão de Educação do Senado aprovou na última quinta-feira (28) um projeto que inscreve o nome de João Cândido Felisberto, o marujo chamado "Almirante Negro", que liderou a Revolta da Chibata, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O projeto de lei do ex-senador Lindbergh Farias (PT) teve parecer favorável e segue agora para análise da Câmara dos Deputados, se não houver solicitação para análise em Plenário.

O Livro dos Heróis e das Heroínas da Pátria reúne nomes que entraram para a história nacional e são reconhecidos oficialmente. Na lista de espera para entrar para o rol estão candidatos como o piloto Ayrton Senna, o político Enéas Carneiro e o diplomata Sérgio Vieira de Mello. Os critérios para incluir um nome no livro mudam de acordo com a época por serem subjetivos e, por isso, alguns nomes que foram incluídos em tempos anteriores, talvez não fossem hoje. Na obra estão nomes como Zumbi dos Palmares, Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, Dom Pedro 1º, Chico Mendes, Duque de Caxias, Santos Dumont, a enfermeira Anna Nery, Getúlio Vargas, Anita Garibaldi e Zuzu Angel. 

Nascido no Rio Grande do Sul em 1880, filho de ex-escravizados, João Cândido trabalhou por mais de 15 anos na Marinha de Guerra do Brasil, tendo sido instrutor de aprendizes de marinheiro. Ele foi o marinheiro que liderou a Revolta da Chibata, ocorrida em 1910 em navios atracados na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e entrou para a história como o Almirante Negro.

Leia mais: Revolta da Chibata, um levante contra o racismo nas Forças Armadas

De acordo com a nota técnica, "a revolta dos marinheiros de 1910 foi, de fato, um acontecimento triste na história do país. Todos os envolvidos, dentre eles a Marinha, setores do governo, os revoltosos e outras instituições tiveram culpas e omissões. Mas, reconhecer erros não justifica avalizar outros e, por conseguinte, exaltar as ações dos revoltosos".

Emocionado, o senador Paulo Paim (PT-RS), que deu parecer favorável ao projeto, que respeita a Marinha e que não a vê como um polo racista no Brasil. "O nosso próprio homenageado, o Almirante Negro, que num movimento para a sociedade já é um herói, escreveu a sua história dentro da Marinha, mas a Marinha, no documento, reconhece que ela discordou também da chibata".

Paim destacou o apoio de diversas personalidades e instituições, entre elas a Defensoria Pública da União, a Coordenadoria de Assuntos Raciais, a Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as, a Coalizão Negra por Direitos, a Associação Brasileira de História, a Frente Nacional Antirracista. Ele lembrou ainda homenagens feitas a João Cândido, entre elas as realizadas pelo governo e pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, além da Fundação Palmares.

Revolta 

O principal motivo da revolta foi a insatisfação dos soldados da Marinha com os castigos físicos, os maus-tratos e as más condições de trabalho. Os castigos cruéis eram proibidos na Marinha desde 1889. Mesmo assim, eram impostos pelos oficiais aos soldados, negros em sua maioria. Várias tentativas de negociação fracassaram.

O estopim para a revolta foram as 250 chibatadas destinadas ao marinheiro Marcelino Menezes, acusado de agredir um oficial. A punição incluiu a proibição de que ele recebesse atendimento médico.

Por quatro dias, quatro encouraçados apontaram seus canhões para a Baía da Guanabara. A tensão terminou com o compromisso do governo, em acordo aprovado pelo Senado e assinado pelo presidente Hermes da Fonseca, sucessor de Nilo Peçanha, de dar fim ao uso da chibata e anistiar os envolvidos na revolta.


O principal motivo da revolta foi a insatisfação dos soldados da Marinha com castigos físicos, maus-tratos e más condições de trabalho / Augusto Malta/Acervo Fundação Biblioteca Nacional

A anistia prometida, contudo, não ocorreu. João Cândido foi expulso da Marinha e preso por dois anos na Ilha das Cobras. Mesmo inocentado das acusações, foi banido, sendo perseguido até mesmo ao buscar trabalho na Marinha Mercante.

Paim afirma que Cândido morreu em 1969 sem o devido reconhecimento de suas contribuições, sem patente e na miséria. Em 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 11.756, que concedeu anistia póstuma a João Cândido Felisberto e aos demais participantes da Revolta da Chibata.

*Com informações da Agência Senado

Editado por: Eduardo Miranda
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