Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Opinião

Luta das Mulheres

Opinião | O ser feminino que depende do feminismo para evitar o feminicídio

Descaso dos gestores públicos e a pandemia agravaram a situação das mulheres no Distrito Federal e Entorno

03.nov.2021 às 11h47
Brasília (DF)
Thamy Frisselli

Em 2020 foram 17 mulheres mortas por serem mulheres. O ano de 2021 nem acabou e já são mais de 20 vítimas - Thamy Frisselli

Uma vez eu li em um dos meus estudos feministas a seguinte frase “se você nasce mulher você já está em desvantagem”.

Infelizmente essa é a realidade da mulher brasileira. As mulheres morrem todos os dias por serem mulheres. Vítimas de uma violência estrutural, machista e misógina, onde o Estado é o primeiro violador.

:: Bolsonaro veta gratuidade de absorventes, e mulheres reagem: “O mais misógino presidente” ::

A violência começa na infância, quando meninos têm de usar azul e meninas rosa, quando as meninas são responsabilizadas desde cedo pelo trabalho doméstico não remunerado, quando dentro de casa são abusadas sexualmente pelo parente mais próximos e ao disputarem o mercado de trabalho, além do constante assédio sexual, são desvalorizadas em sua remuneração, mesmo ocupando o mesmo cargo que os homens.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 85% do total de casos de violência contra crianças e adolescentes estão relacionados ao feminino. Esses dados refletem, entre diversos fatores, uma cultura baseada na profunda desigualdade de gênero, no machismo e na objetificação dos corpos de mulheres desde os períodos da infância e adolescência.

:: Cicloativistas de Curitiba convocam bicicletada contra o assédio ::

A forma mais grave da violência doméstica é o feminicídio, que passou a ser reconhecido legalmente com a Lei 13.104, de 2015. O feminicídio é qualquer homicídio cuja vítima seja mulher e o motivo do crime seja relacionado ao seu gênero, envolvendo violência doméstica e familiar ou discriminação à condição de mulher.

Os dados sobre feminicídio no DF são de apavorar

É inconcebível, por exemplo, que na capital federal Ibaneis Rocha em 2019, seu primeiro ano de mandato – quando registrado 34 casos de mulheres mortas, o maior número desde 2015, – compare os casos de feminicídios com o suicídio e declare que não deveria ter divulgação.

:: Feminicídio: mais duas mulheres perdem a vida no DF ::

No mesmo ano, o governador de Brasília, pouco se importando com o tema, rejeita a instalação de uma CPI do feminicídio na Câmara Legislativa, promovida pelo trabalho da Assembleia Popular Pela Vida de Todas as Mulheres do DF e Entorno, onde foi apresentado um relatório contundente sobre políticas públicas para a melhoria na gestão de direitos humanos.

Mesmo assim, a união das mulheres conseguiu instalar a CPI do Feminicídio na Câmara Legislativa do Distrito Federal no dia 5 de novembro de 2019. O relatório final foi aprovado no dia 10 de maio de 2021 e encaminhado a autoridades do DF.

:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::

A conclusão dos trabalhos investigativos é de que há omissão e falhas no tratamento às vítimas de violência doméstica e de feminicídio. Segundo o relatório, que analisou 90 casos de tentativas e de feminicídios consumados entre 2019 e 2020, as mulheres negras são as principais vítimas no DF, cerca de 79%, praticamente 8 de cada 10 vítimas. Quase 50% já tinham medidas protetivas de urgência contra o agressor antes do crime e em 75% dos casos verificou-se denúncias e registros anteriores aos assassinatos.


Diante de retrocessos, o movimento feminista se faz cada vez mais necessário / Foto: Thamy Frisselli

O descaso dos gestores públicos e a pandemia agravaram a situação das mulheres no DF e Entorno

Em 2020 foram 17 mulheres mortas por serem mulheres. O ano de 2021 nem acabou e já são mais de 20 vítimas desse sistema assassino.

::Feminicídio: mais duas mulheres perdem a vida no DF ::

Além disso, precisamos lembrar que Jair Bolsonaro (sem partido) vetou a distribuição gratuita de absorventes para pessoas de baixa renda, medida prevista no Projeto de Lei 4968, de 2019, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados e Senado Federal. A pobreza menstrual atinge pessoas que menstruam e impacta diretamente na evasão escolar. Mais uma violência cometida pelo Estado violador de direitos das mulheres.

E o que o feminismo tem a ver com tudo isso?

Primeiro tem que se fazer entender que este movimento social não é universal, é plural. Não é luta por igualdade, é contra a opressão e violências citadas no primeiro parágrafo. Não é modinha, já que a luta das mulheres pretas e indígenas pelo bem viver vem antes do século XIX, quando as sufragistas lutaram pelos direitos civis.

Dados estatísticos, estudos qualitativos e as vidas de muitas mulheres revelam que apesar dos importantes e incontestáveis avanços alcançados pelas mulheres, o movimento feminista ainda é necessário. Em tempos em que se pretende convencer a todas, todos e todes que a equidade entre homens e mulheres já é uma realidade, o movimento que luta por uma sociedade mais justa continua sendo atuante e incorporado por novas gerações.

Sou semente da primavera feminista no Brasil. Uma descendente natural desse movimento, que indaga o governador sobre o veto à Praça Marielle Franco em Brasília e que por meio de pesquisa e vivência tenta mostrar o quanto as mulheres, principalmente as negras, são silenciadas e mortas pelo sistema que nos governa.

No livro Feminismo e Democracia – A luta incessante por uma sociedade antirracista e justa! faço referência à atuação das mulheres nos espaços de poder e como a representatividade partidária não é suficiente para a mudança de atitudes em relação aos direitos civis, políticos e econômicos do ser feminino.

Trago luz à atitude de melhorar o índice de desenvolvimento humano de grupos vulneráveis deveria ser entendido como melhorar o índice de desenvolvimento humano de uma cidade, de um país. E, para tal, é preciso focar na realidade. A realidade de uma uma Capital Federal que ainda despreza o ser feminino.

É claro que só sairemos desse buraco se enfrentarmos a crise sexista e misógina implementada há pelo menos cinco anos nesse governo golpista. É preciso cuidar dos mais vulneráveis, aceitar sair do lugar de privilégio, só assim começaremos a nos revolucionar. Mas sem políticas públicas que promovam a escuta das mulheres, periféricas, estudantes e trabalhadoras, o Brasil e a capital da esperança nunca avançarão.

*Thamy Frisselli é mulher, ativista, jornalista, feminista e sindicalista.

**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 

 

Editado por: Flavia Quirino
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Venezuela

Ministro de Maduro confirma que governo negociou saída de opositores de embaixada e ida aos EUA

mobilidade

Tarifa zero no transporte público começa a ser adotada em Japeri, na Baixada Fluminense

Reforma agrária

‘Precisamos acelerar e o governo sabe disso’, diz MST sobre assentamentos de famílias na gestão Lula

ESCOLHIDO

Fumaça branca e sinos na Basílica de São Pedro anunciam a eleição de novo papa

'NÃO É INIMIGA'

Deputados europeus desafiam UE e vão à Rússia para celebrar 80 anos da derrota nazista

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.