Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

COP26

Entenda: Brasil deve receber dinheiro para combater desmatamento?

Para especialista, país não deveria ter acesso a fundo internacional bilionário sem mostrar resultados de preservação

03.nov.2021 às 12h47
Nádia Pontes
|DW

Imagem aérea de queimada próxima à Flora do Jacundá, em Rondônia - Bruno Kelly/Amazônia Real/07/08/2020

Florestas conservadas ganham um papel inédito na atual Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, a COP26, que ocorre em Glasgow, Escócia.

Um pacto firmado por mais de 100 países, chamado Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso do Solo, é a maior iniciativa já vista nas negociações diplomáticas para frear o desmatamento e recuperar áreas degradadas.

A mobilização assinada nesta terça-feira (02), que se seguiu com a promessa de recursos para atingir os objetivos da declaração até 2030, é considerada bastante relevante. Doadores dos setores público e privado comprometeram pelo menos 17 bilhões de dólares, aproximadamente R$ 96 bilhões, voltados para países com florestas.

O Brasil, detentor de 60% da Floresta Amazônica, a maior tropical do mundo, está entre os signatários. O país tem estado sob os holofotes internacionais pela alta do ritmo de destruição do bioma, que ultrapassou a casa dos 10 mil quilômetros quadrados no balanço anual de 2019 e 2020 – o que não se via desde 2008.

:: Ricardo Salles critica COP-26: "Querem convencer que peido do boi é culpado do efeito estufa" ::

Apesar de celebrado pela presidência da COP26, não se sabe exatamente como o dinheiro será distribuído geograficamente. As florestas boreais da Rússia, por exemplo, são as maiores em extensão do globo. Canadá, Estados Unidos, China e Austrália, além do Brasil, também têm grandes áreas dessa vegetação.

Há dúvidas ainda sobre quais critérios precisam ser cumpridos para que governos tenham acesso aos recursos anunciados e se organizações da sociedade civil, assim como povos indígenas, poderão pleitear o dinheiro.

"Em tese, o governo do Brasil não deveria ser elegível a receber recurso nenhum sem de antemão demonstrar resultado", comenta Carlos Rittl, pesquisador associado ao Institute for Advanced Sustainability Studies (IASS), na Alemanha, e especialista em políticas públicas da Rainforest Foundation da Noruega.

Cenário crítico em casa

A situação brasileira é vista como duvidosa também por João Paulo Capobianco, do Comitê Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Celebrado no passado por ter reduzido o desmatamento na Amazônia em 80% de 2004 a 2012, o país colocou em xeque sua capacidade de combate à devastação da floresta após o rápido desaparecimento da vegetação observado nos anos recentes pelo sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

"O país jogou fora literalmente o acúmulo que tinha em conservação florestal", disse Capobianco à DW Brasil. "Foi uma década de muito resultado positivo, mas o país desmontou esse sistema todo nos últimos anos", analisa.

O momento atual é visto como de "total descontrole", em que o desmatamento cresce associado ao aumento dos ataques aos povos indígenas e a áreas de conservação. "É um momento muito ruim não só pelo aumento do desmatamento, mas pela violência e pela forma como ele está desrespeitando todos os critérios que a lei prevê de proteção de áreas declaradas públicas", comenta Capobianco.

:: Mortes, ameaças e invasões: como vive a indígena que discursou na COP26? ::

Por esses motivos, a expectativa é que o dinheiro anunciado em Glasgow exija ações concretas dos países beneficiários. "A declaração nós temos, o que falta agora é governo", critica Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.

Durante a COP 26, a rede, formada por mais de 70 organizações, lançou um documento em que analisa os mil dias da administração de Jair Bolsonaro. Nele, o presidente brasileiro é classificado como o "negacionista climático mais perigoso do mundo".

"Nenhum discurso verde pode apagar o fato de que, desde que Bolsonaro assumiu o cargo, uma área de floresta do tamanho da Bélgica virou cinza só na Amazônia. Ou que o Brasil foi provavelmente o único país do G20 a aumentar suas emissões de carbono no ano pandêmico de 2020. Ou que as políticas racistas de Bolsonaro em relação aos povos indígenas o tornaram o único presidente brasileiro a ser denunciado no Tribunal Penal Internacional", pontua o documento.

Financiamento de projetos contra o desmatamento

Não é a primeira vez que uma iniciativa internacional promete acabar com o desmatamento. Em 1992, durante a Eco 92, uma declaração conjunta já pleiteava um esforço global para proteger todas as florestas. "Mas de lá, pra cá, só assistimos à perda florestal no planeta", comenta Capobianco.

Em 2014, em Nova York, dezenas de países assinaram outra declaração prometendo reduzir pela metade a taxa de desmatamento até 2020, e interrompê-la até 2030 – o que, à época, não contou com apoio do governo federal brasileiro. O que o anúncio em Glasgow muda é que ele abarca mais países e é seguido pela promessa de recursos.

A ideia de financiar projetos que previnem e combatem o desmatamento foi acordada numa conferência do clima pela primeira vez em 2006, na COP12, em Nairóbi, Quênia. A proposta debatida pelo Brasil era condicionar o uso do dinheiro à redução do desmatamento, o que acabou dando origem ao Fundo Amazônia, em 2008.

Os recursos, doados principalmente pela Noruega e Alemanha, financiaram desde então 102 projetos em toda a Amazônia Legal com R$ 1,8 bilhão. Em 2019, após a chegada de Bolsonaro ao poder, o fundo foi paralisado. Desde então, nem mesmo os projetos que já haviam sido aprovados receberam apoio.

"Atualizando monetariamente, são R$ 3,2 bilhões depositados hoje, sem uso, simplesmente porque o governo Bolsonaro não gosta da estrutura de governança que tinha participação da sociedade civil para controle social", comentou Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima e ex–presidente do Ibama, num debate sobre o tema em Glasgow.

O que falta

De modo geral, a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso do Solo demonstra que o desmatamento é encarado como um problema grave e que precisa ser enfrentado com apoio global e com dinheiro.

Por outro lado, é preciso mais empenho de países que são grandes consumidores de produtos que, direta ou indiretamente, têm ligações com o corte da floresta. No caso do Brasil, essa lista vai além da madeira e da soja.

"A Europa, por exemplo, está discutindo uma legislação para eliminar desmatamento das suas importações, mas que não inclui commodities importantes como couro e carne processada", critica o pesquisador Carlos Rittl.

Para ele, se todos os vetores do desmatamento não forem incluídos, é possível que, além de produtos, as importações europeias contenham também resquícios de conflitos gerados por atividades econômicas em comunidades locais e em territórios indígenas.

"Não adianta só jogar recursos nos países em desenvolvimento sem fazer a parte do lado do consumo também. É preciso coerência", argumenta.

Conteúdo originalmente publicado em DW
Tags: brasilcop26desmatamento
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

racismo religioso

Dia de Zé Pelintra vira alvo de intolerância religiosa de pastor evangélico em Barra do Piraí (RJ)

RESGATE FALHOU

Itamaraty confirma ‘com profundo pesar’ morte de brasileira na Indonésia

pressão popular

Walter Salles reforça campanha por centro de memória no prédio do Dops no Rio: ‘memória e democracia andam de mãos dadas’

Tragédia

Morre brasileira que caiu em trilha na Indonésia

15% AO ANO

Copom fala em juros altos durante período ‘bastante prolongado’ para controle da inflação

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.