País em crise

Febraban promove mutirão para ajudar na negociação de dívidas

Iniciativa está sendo realizada neste mês de novembro diante da última taxa média de desemprego registrando 13,7%

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Segundo o site do projeto, o primeiro passo para negociar as dívidas é conhecê-las - Ibrahim Rifath/Unsplash

Até 30 de novembro, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) promove o Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, em parceria com o Banco Central, com o Senado e com a Secretaria Nacional do Consumidor.  

A iniciativa começou no dia 1º de novembro e ajuda com orientações para quitação de dívidas e melhoria da saúde financeira. 

Conheçamutirao.febraban.org.br 

Público participante

O Mutirão é adequado às dívidas que estão em nome de uma pessoa natural (física), estão em atraso, foram contratadas com bancos ou financeiras, e não possuem bens em garantia, como diferentes de financiamentos de veículos e imóveis. 

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As dívidas serão negociadas por meio do site de mediação de conflitos do governo consumidor.gov.br, criado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e que conta com a participação de 160 instituições financeiras. 

Negociação

Segundo o site do projeto, o primeiro passo para negociar as dívidas é conhecê-las. Por isso, o Mutirão disponibilizou um tutorial para saber quais são e onde consultar as pendências. Depois, o portal sugere um valor mensal para pagar as parcelas sem comprometer toda a renda.  

O projeto também disponibiliza acesso à Plataforma de Educação Financeira e ao e-book Como sair das dívidas em 10 passos.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo, o endividamento da população brasileira atingiu o nível recorde de 72%, o que representa cerca de 62 milhões de pessoas.

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Desemprego

A taxa média de desemprego no país segue em nível elevado, e registrou 13,7% no trimestre encerrado em julho, com crescimento da informalidade e queda na renda.

Estimado em 14,085 milhões, o número de desempregados caiu no trimestre (menos 676 mil), mas cresceu em 12 meses (mais 955 mil). Boa parte dos empregos criados desde abril é sem carteira ou por conta própria. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no dia 30 de setembro. 

Edição: Daniel Lamir