Protesto

Manifestação denuncia censura ao filme Marighella e desmonte da Ancine sob governo Bolsonaro

Depois de dois anos de espera, o filme dirigido pelo ator Wagner Moura estreia oficialmente nesta quinta (4)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Segundo o movimento, a manifestação é uma forma de valorizar a produção - Levante Popular da Juventude/Divulgação

O movimento Levante Popular da Juventude realiza, no início da manhã desta quinta-feira (4), um escracho contra o governo de Jair Bolsonaro pela censura ao filme Marighella no Brasil e pelo desmonte da Agência Nacional do Cinema (Ancine), no Rio de Janeiro.  

Segundo o movimento, a manifestação é uma forma de “valorizar a produção, cobrando mais investimento na cultura, e denunciar o atual governo”. 

“Este governo vem promovendo um verdadeiro ataque aos órgãos culturais do nosso país, e a Ancine, agência que fomenta o cinema nacional, é uma ferramenta importantíssima para a valorização da cultura brasileira”, afirma o movimento em nota. 

::Wagner Moura sobre o filme Marighella: “Estou preparado para a porrada”::

Depois de dois anos de espera, o filme dirigido pelo ator Wagner Moura estreia oficialmente nesta quinta-feira (4) nos cinemas. Para o diretor, a demora pela estreia nos cinemas brasileiros foi um episódio de censura e de pressão da gestão da Ancine no governo Bolsonaro.  

Isso porque a Diretoria Colegiada da Ancine vetou um pedido de reembolso de mais de R$ 1 milhão, feito pela produtora do filme, como montante responsável pelo investimento na comercialização do longa. Esse tipo de reembolso via Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) é um direito a que as grandes produções cinematográficas nacionais podem ter acesso. 

O filme, que vai do drama à ação, conta justamente sobre o período mais conturbado e radical da vida do baiano como guerrilheiro. “A minha escolha por esse recorte também atende a vontade de que o filme seja popular, que muita gente veja, sobretudo as pessoas pelas quais Marighella lutava, o que é uma questão quando você pensa que o cinema é um divertimento elitizado no Brasil”, explicou Wagner Moura em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato

Edição: Vivian Virissimo