Distrito Federal

Insegurança

Professores denunciam insegurança sanitária na volta 100% das aulas presenciais

Em protesto, os profissionais da educação paralisaram as atividades na quarta-feira, 3.

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Com cartazes com a frase “não ao retorno 100% presencial”, a categoria soltou centenas de balões brancos em defesa da vida. - Foto: Deva Garcia/Sinpro-DF

Com turmas lotadas, os alunos da rede pública de ensino retornaram integralmente às aulas presenciais no dia 3 de novembro. Para o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) a decisão do governo em retomar 100% das aulas na modalidade presencial, com pouco mais de 30 dias para o fim do ano letivo, é “precipitada” e tem potencial para “retroceder nos avanços garantidos quanto à contenção da covid-19”.

A entidade aponta a impossibilidade de manter as medidas de segurança sanitária em unidades escolares da rede pública de ensino e que no primeiro dia após a determinação do retorno às aulas 100% presenciais o flagrante de turmas super lotadas, “denunciado há tempos pelo Sinpro-DF, comprova que a imposição do Governo do Distrito Federal foi, no mínimo, precipitada”.

Em nota, a Secretaria da Educação do DF informou que foram identificadas pelo menos três escolas com mais matrículas do que o previsto. “Há turmas com 50 alunos matriculados”, aponta a publicação. A instituição esclarece que o problema será solucionado e que “estuda a melhor alternativa, que vai desde a transferência dos alunos para outras escolas até a abertura de novas turmas nas escolas atuais”.

Em protesto à determinação do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), os professores da rede de ensino paralisaram todas as atividades na quarta-feira. A atividade foi realizada no Setor Bancário Norte (SBN), local onde funciona a Secretaria de Educação. Com cartazes com a frase “não ao retorno 100% presencial”, a categoria soltou centenas de balões brancos em defesa da vida.

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A diretora do Sinpro-DF, Rosilene Correa, informou que na próxima segunda-feira, dia 8, uma Comissão de Negociação do Sinpro e representantes do GDF vão se reunir para tratar da aplicação das medidas de segurança sanitária para os profissionais da educação e estudantes da rede.

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Edição: Flávia Quirino