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‘Bolsonaro está desacreditado’, diz Marina Silva em conversa repercutida no Programa Bem Viver

Ex-ministra do Meio Ambiente não confirmou se concorrerá em 2022. “Devemos colocar em primeiro lugar interesses maiores"

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Ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva (Rede)
Ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva (Rede) - Foto: Divulgação
Essa é uma eleição muito particular, pelo perigo de um segundo mandato de Bolsonaro

Política de longa carreira, Marina Silva avalia que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está “claramente isolado e desacreditado” no mundo o que, para ela, ficou claro durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP 26), evento ocorre até o próximo dia 12, na Escócia, do qual ele não participou.

“É um governo claramente desacreditado, isolado e negacionista, que levou o país a um aumento das emissões e do desmatamento na pandemia, quando tivemos redução das emissões globais. Isso ocorreu em função do enfraquecimento das politicas ambientais”, disse em conversa ao Brasil de Fato Entrevista, repercutida na edição de hoje (10) do Programa Bem Viver.

Marina Silva foi ministra do Meio Ambiente durante cinco anos no governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e foi uma das responsáveis pelos melhores resultados do combate ao desmatamento no Brasil.

Após sair do governo, ela seguiu na política e se candidatou por três vezes à Presidência da República, fazendo frente em todos os pleitos. Questionada se pretende concorrer nas eleições do ano que vem, ela não cravou uma resposta, mas garantiu que atuará ativamente no debate político.

“Essa é uma eleição muito particular, porque ela se dá num terreno altamente perigoso para um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro”, disse. “Temos que colocar em primeiro lugar os interesses que são maiores do que nós: a defesa de uma educação de qualidade, do combate às desigualdades, da defesa da proteção sustentável do meio ambiente e da democracia.”

Especial: Avá-Canoeiros

O Brasil corre o risco de perder para sempre uma etnia indígena única no mundo, com todo um conjunto de saberes tradições próprios: os Avá-Canoeiros. Devido ao contato forçado com a sociedade não indígena e a séculos de violência contra os povos originários, hoje apenas 33 pessoas da etnia estão vivas. Para agravar a situação, o território que eles tradicionalmente ocupam, na Bacia do Rio Tocantins, na região Centro-Oeste, não foi demarcado apesar de anos de tramitação na Justiça, o que aumenta a vulnerabilidade da comunidade.

Pesquisadores defendem que os Avá-Canoeiros foram uma das etnias que mais resistiu a colonização do interior do Brasil. Séculos depois do primeiro contato, o povo sofreu uma nova ameaça: a ditadura militar período marcado por sequestros de indígenas, ameaças e contato forçado. Todo esse histórico fez com que a população reduzisse drasticamente.

Em reportagem ao Brasil de Fato, membros da etnia relatam os desafios que seguem enfrentando e antropólogos contaram detalhes de como foram esses contatos violentos provocados tanto no período colonial como na ditadura militar. Todo o material está reunido no especial: “Da captura ao sonho da demarcação: a resistência ancestral dos 33 avá-canoeiro do Araguaia”.

Araticum, delícia do Cerrado

Um fruto que não é dos mais conhecidos, mas que tem um valor enorme pra população e para economia dos estados do Cerrado brasileiro. Este é o araticum, um fruto nativo do Brasil, da família da fruta do conde, que além do potencial gastronômico é rico em nutrientes importantes para a saúde.

Recentemente, um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificou que o extrato da casca do araticum ajuda a diminuir danos causados pelos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento e por doenças como câncer e catarata. Outro estudo, este feito pela Universidade Federal de Uberlândia, aponta que a casca do fruto é uma aliada no tratamento do mal de alzheimer.


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Edição: Sarah Fernandes