Custo de vida

Café, ovo e acúcar: conheça os alimentos que já tiveram aumento de preço superior a 20% no ano

Já o consumo das famílias teve queda de 1,13% no mês em relação a setembro de 2020, segundo associação supermercadista

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
No mês passado, grupo estendeu faixa com o slogan "Tem preto passando fome" na porta de entrada da unidade do supermercado Pão de Açúcar no bairro Moema, em São Paulo (SP) - Daniel Giovanaz/Brasil de Fato

O consumo das famílias teve queda de 1,13% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2020, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (12) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A queda, de acordo com a organização patronal, é reflexo da inflação, que passou de 10% no acumulado dos últimos 12 meses. Além disso, o dólar alto também encarece os insumos para a produção de alimentos. 

O vice-presidente Administrativo e Institucional da Abras, Marcio Milan, afirma que apesar da queda no mês, a entidade mantém a previsão de crescimento de 4,5% em 2021, devido aos bons resultados da imunização contra a covid-19. “A vacinação hoje está bastante avançada. A economia praticamente destravada nos seus negócios”, ressaltou.

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Inflação e expectativas para o Natal

Conforme aponta o levantamento dsa associação supermercadista, entre os 35 produtos mais consumidos em supermercados, o café teve o maior aumento de preços em 2021, com inflação acumulada de 33,9% até setembro. O açúcar registra alta de 30,3% e o ovo, de 22,5%. Esse conjunto de produtos custou, em média, R$ 684,99 em setembro, uma elevação de 1,37% na comparação com agosto, e de 18,84% em 12 meses.

Para o Natal, a expectativa de 51% dos empresários do setor de supermercados é que haja crescimento nas vendas em relação ao ano passado. Enquanto 39% esperam que o movimento fique no mesmo patamar de 2020.

Entre os que esperam um fim de ano melhor do que o anterior, 52% estima que o aumento das vendas chegue a 17%. Há também uma previsão de abertura de vagas de emprego, com 41% dos empresários dizendo que vão fazer contratações temporárias para atender à demanda do Natal. A estimativa da Abras é que sejam abertos 30 mil postos de trabalho sazonais.

Para Milan, com as medidas restritivas contra a disseminação do novo coronavírus chegando ao fim, as comemorações deste ano devem ser maiores, com reunião de famílias e amigos. “Nós tínhamos muitas restrições em dezembro do ano passado. Este ano vamos estar praticamente liberados. Ou seja, as famílias vão estar comemorando mais”, disse.

* Com informações da Agência Brasil.

Edição: Vinícius Segalla