Paraná

Juventude

Coluna | Quem samba fica

A chama que acende a luta é a indignação

Curitiba (PR) |
Coluna da edição 238 do Brasil de Fato Paraná - Foto: Divulgação

Nos momentos de crise, ataque e extermínio do povo, levantam-se lutadores e lutadoras que não só simbolizam, mas são a síntese das lutas que travamos. Marielle, Marighella...

Com a estreia do filme de Wagner Moura, vieram críticas e polêmicas como: “O ator é mais preto do que deveria” e “Camarão na quentinha do MTST." Talvez não entenderam ou têm medo do papel histórico de um filme, como estamos no Brasil, a terra das contradições, convivemos com essas ideias. Só que nós não vamos parar.

Se a prática é um critério para a verdade, sinto-me parte de um acerto histórico, na luta organizada, no Levante Popular da Juventude, movimento que surgiu fazendo escrachos contra torturadores, o último na Prevent Senior.

Com o filme, a gente pôde fazer várias intervenções em salas de cinema pelo Brasil, participamos de exibições em territórios da reforma agrária e organizamos exibições nos lugares onde atuamos. É com as pessoas que as ações de luta e propagação da ideia libertadora fazem sentido.

Não viemos a este mundo para sofrer nem ser capacho de países imperialistas, não é? A chama que acende a luta é a indignação. Por isso levar a história de resistência de Marighella é um compromisso com nossa própria história.

*Fernan Silva é militante do Levante Popular da Juventude e pesquisador na área de arte e linguagem. 

Edição: Lia Bianchini