A 1° Plenária Nacional Contra a Fome acontece nesta sexta-feira (26), a partir das 10h, pela plataforma Zoom. Para participar, basta se inscrever através deste link.
A Plenária é organizada pelo Ação e Cidadania, Conferência Popular por Soberania e Segurança Alimentar, Movimento Fé e Politica, Escola CAMP de Cidadania, Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Periferia Viva, Coalizão Negra pelos Direitos, Coletivo Banquetaço/Campanha Gente Pra Brilhar, Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras) e OXFAM Brasil.
A fome segue sendo um dos maiores problemas que afetam a vida do povo brasileiro, por isso a Plenária convida para pensar essa pauta / Reprodução
Segundo Fabiana Sanches, que é assessora de Políticas Alimentares no Sefras, esta plenária será um desdobramento da Conferência Contra a Fome, convocada pelo MST e 342 Artes, no dia 16 de outubro de 2021.
"Será uma oportunidade de juntarmos mais organizações, movimentos e coletivos para discutir a dura realidade de quem enfrenta a fome na base, junto aos territórios vulneráveis: a crise não irá embora com a rapidez que queremos e precisamos", explica Fabiana.
Ainda sobre os objetivos desta mobilização, afirma que o espaço deve receber companheiros de luta para partilhar as questões que estão no horizonte do combate à fome para tirar dali encaminhamentos concretos e replicar as melhores práticas, fortalecer as ações de acesso a comida, formação, articulação e comunicação nos territórios.
A expectativa é poder organizar uma Frente Nacional Contra a Fome em um processo para um planejamento popular de ação para o enfrentamento à fome no Brasil, independente do processo eleitoral de 2022.
"A reconstrução do estrago causado pela pandemia e das desigualdades brasileiras históricas dependerá de um bocado da sociedade civil. Não podemos mais como cidadãos estarmos tão vulneráveis às intempéries políticas", afirma.
Fabiana relata que o ano de 2020 trouxe diversas dificuldades sobre o cenário da fome. Durante o mês mundial da alimentação, o coletivo Banquetaço coordenou a campanha "Gente É Pra Brilhar, Não Pra Morrer de Fome". Segundo ela, nesse processo se fortaleceu a ideia de uma campanha permanente contra a fome no Brasil.
Antes disso, recorda que a Conferência Popular por Soberania e Segurança Alimentar, em uma de suas análises e recomendações especiais, sugeriu a criação de comitês de crise alimentar municipais e estaduais para lidar junto aos conselhos municipais e estaduais as consequências da crise. Afirma também que em diversas cidades e bairros mais populosos essa organização rendeu frutos.
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