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ENTREVISTA

“Não podemos romantizar qualquer ato de violência”, diz Carol Santos

A fundadora do movimento feminista Inclusivass, de Porto Alegre, fala ao BdFRS sobre combate à violência de gênero

25.nov.2021 às 10h14
Porto Alegre
Ayrton Centeno

Para Carol, é preciso sair da vergonha e “romper o ciclo da violência” - Foto: Alex Garcia

Três mulheres assassinadas a cada 24 horas. Oito agredidas com socos, tapas ou pontapés a cada minuto. É o Brasil brutal que Carol Santos desafia todos os dias. Neste 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, é uma questão para conhecer e enfrentar.

Carol tinha 18 anos quando seu ex-namorado chegou a sua casa, apontou-lhe a arma e disse que iria matá-la. Carol correu. A arma disparou, Carol caiu e deixou de sentir as pernas naquele momento. O agressor dirigiu sua atenção para Marcelo, aquele que era então o companheiro de Carol, e matou-o com dois tiros. Ato contínuo, suicidou-se.

Vinte e um anos depois daquele trágico domingo, Carol Santos é fundadora e uma das coordenadoras do movimento feminista Inclusivass, de Porto Alegre, e batalha pelos direitos das mulheres com deficiência e contra a violência de gênero.

Antes, muniu-se de coragem para encarar a rua em cadeira de rodas. Voltou a estudar, construiu uma nova vida, encontrou outro companheiro, enfrentou duas gestações de alto risco, teve o filho Roberth, com oito anos, e Hanna, que completou um ano. Redescobriu-se ativista e converteu-se em tema de filme – Carol, de Mirela Kruel – onde repete, na cadeira de rodas, a coreografia de flashdance, sua música preferida quando menina.

Ela deixa um aviso às mulheres: não romantizem a violência e não vejam cuidado naquilo que é possessão.


Carol com os filhos Roberth e Hanna / Foto: Alex Garcia

Confira a entrevista completa:

BdFRS – Do ponto de vista de uma mulher que sofreu violência extrema, o que as mulheres ainda não entenderam sobre violência doméstica e precisam aprender logo para continuar vivendo?

Carol Santos – Desconstruir um papel social ancorado no patriarcado e no machismo ainda é um desafio que coloca as mulheres em relacionamentos abusivos e a se manterem neles. Sair da vergonha e da culpa para romper o ciclo da violência são os primeiros passos. A vítima nunca não é culpada. Somente a educação com igualdade mudará está realidade. Somos educadas para aceitar viver sob a violência. Difícil romper com preceitos religiosos, sociais e políticos.

BdFRS – Pesquisa feita pelo Forum Brasileiro de Segurança Pública, indica que somente 26% das mulheres denunciaram à polícia as agressões sofridas do companheiro durante a pandemia. Das restantes, 32,8% não registraram ocorrência afirmando ter resolvido sozinhas os conflitos, 16,8% julgaram não ser importante noticiar à polícia, 15,3% não quiseram envolver a polícia e 13,4% tiveram medo de represálias por parte do autor da violência. Estes números não te desanimam?

Carol – A falta de políticas de enfrentamento coloca a vida das mulheres em risco neste período de isolamento. Há falta de redes efetivas, casas abrigos e estruturas de acessibilidade que protejam a vida das mulheres. Para mim, é desanimador o período político em que nossas vidas não são prioridade desses governos.

A pandemia tem gênero e tem atingido as mulheres

BdFRS – De acordo com o mesmo levantamento do Fórum, uma em cada quatro mulheres brasileiras acima de 16 anos – ou seja, 17 milhões – afirmam ter sofrido alguma forma de violência durante a pandemia…

Carol – Esse aumento se dá por conta das mulheres estarem vivendo em isolamento mais tempo com seus agressores. A pandemia tem gênero e tem atingido as mulheres. Muitas mulheres com deficiência estão o tempo todo ao lado de seus agressores sendo impedidas de buscarem ajuda ou saírem de casa.

BdFRS – Muitas mulheres percebem a violência apenas como a violência física do seu companheiro. Mas na lei Maria da Penha estão previstos mais quatro tipos de violência além da física, as de ordem psicológica, moral, sexual e patrimonial. O que se poderia dizer sobre estas violências menos letais mas também importantes?

Carol – A relação que vivi nunca teve a agressão. A possessão e os ciúmes eu via como cuidado. Este cenário marca a vida das mulheres: achar que estão sendo cuidadas ou que aquela atitude aconteceu só uma vez. E que o agressor vai mudar. Qualquer ato que cause dano físico ou psicológico é violência. Não podemos romantizar qualquer ato de violência. Precisamos romper relacionamentos que nos trazem danos irreversíveis ou até a morte. Mulheres, busquem por ajuda e denunciem. Eu continuarei lutando por todas nós.


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Editado por: Katia Marko
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