EFEITOS COVID

Pandemia é a principal causa da redução no número de doadores de sangue

Jornal Brasil Atual também destaca o júri simbólico que condenou Bolsonaro por crimes cometidos na pandemia

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25 de novembro é marcado como dia nacional do doador de sangue. - Foto: TCH7075

Manter uma média nos níveis dos estoques de todos os tipos sanguíneos é importante para a realização de diversos tratamentos, como anemias crônicas, cirurgias de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer entre outras complicações e doenças graves.

Porém, até pouco tempo atrás, o Brasil tinha leis homofóbicas para a doação de sangue. O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária orientavam a restrição para homens que mantiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses.

Essa discriminação aconteceu inclusive com a gerente de contas, Bruna Borges. Ela comenta que foi impedida de doar sangue no começo deste ano por ser homossexual.

“Eu já tentei doar sangue diversas vezes, sempre que eu falava sobre minha orientação sexual, que é homossexual, eles não deixavam eu doar sangue. E por conta disso, eu nunca pude doar sangue. Só se eu mentisse e dissesse que eu era hetero sexual”, relata Bruna.

O Senado aprovou no início deste mês projeto de lei que proíbe a discriminação de doadores de sangue com base na orientação sexual.

Um suprimento adequado de sangue só pode ser garantido através de doações regulares e voluntárias.

Maria Carolina, engenheira mecânica, conta que é doadora voluntária. Segundo a jovem, que tem o hábito de fazer tatuagens – atividade que proíbe a doação de sangue por 1 ano -, ela primeiro faz a doação, depois, faz a tatuagem. E após completado um ano, ela repete o processo.

"Eu resolvi usar sangue porque se eu tenho sobrando, e se eu posso compartilhar e tem pessoas que precisam, por que não? Depois o corpo produz mais. Tem tanta gente precisando. E também eu coloquei como objetivo, antes da minha primeira tatuagem, eu tinha que doar sangue. Pois a partir do momento que fizesse tatuagem, eu teria esperar pelo menos um ano para poder doar", afirma Maria Carolina, que vê a doação de sangue como um ato de humanidade, que não custa e salva vidas.

Por conta de uma anemia, a designer Fabiana Antunes precisou de duas transfusões sanguíneas em 2020. Ao todo foram utilizadas quatro bolsas. Segundo Fabiana, sem as transfusões ela teria morrido.

Pessoas entre 16 e 69 anos, que pesem no mínimo 50 quilos, não tenham anemia, hipertensão ou hipotensão arterial e não forem gestantes estão adeptos para doar. 

Além disso, quem se vacinou contra a gripe precisa esperar 48 horas para realizar a doação de sangue. E no caso da vacinação contra a Covid-19, se tomou a Coronavac, esperar 48 horas. Para as vacinas Pfizer, AstraZeneca e Janssen é necessário aguardar 7 dias.

Para marcar seu agendamento online de doação de sangue, acesse: prosangue.sp.gov.br

Confira todos os destaques desta quinta-feira e o jornal completo no áudio acima. 

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