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IGUALDADE

Artigo | Não farão política sem nós, mulheres!

Deputada Mônica Francisco analisa repercussões do 30 de Novembro, Dia Estadual das Mulheres na Política do RJ

30.nov.2021 às 16h25
Rio de Janeiro (RJ)
Mônica Francisco
Mônica Francisco

"Nós, mulheres, ocupamos as ruas com o 'Fora Cunha' e o 'Ele Não'", afirma deputada estadual - Divulgação

Dia 30 de Novembro é o Dia Estadual das Mulheres na Política no Estado do Rio de Janeiro, data instituída pela Lei 9093/2020 (que insere a data no Calendário Oficial do Estado) e reforçada pela Lei 9315/2021, que cria o Programa Mulheres na Política no estado do Rio de Janeiro, uma forma de incentivar maior participação feminina na atividade política e ampliar o número de mulheres nos espaços de poder e de decisão, ambas de minha autoria enquanto deputada estadual.

O debate sobre as próximas eleições ao governo do estado e à Presidência da República tem tomado a mídia nos últimos meses, mas algo nos intriga. O debate político em torno de possíveis nomes estampados na imprensa passa apenas por um gênero: o masculino. Embora, nós, mulheres, sejamos 52% do eleitorado, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda somos excluídas das discussões políticas e da tomada de decisões.

Analisando a lista de governadores do Estado do Rio de Janeiro desde 1904, encontramos apenas duas mulheres, sendo apenas uma mulher negra, a deputada federal Benedita da Silva (PT), única governadora dos últimos 20 anos que não foi afastada nem está presa. Essa constatação é contraditória, uma vez que, de acordo com dados do IBGE, 54% da população brasileira é negra.

No contexto nacional, a única mulher eleita presidente da República, Dilma Rousseff, sofreu impedimento de seu mandato com uma violenta e misógina campanha de ódio contra ela. Temos, hoje, na Presidência da República e vice-presidência, homens que encampam uma agenda fundamentalista, machista, racista e LGBTIfóbica. Todo o debate em torno de possíveis presidenciáveis também está centralizado prioritariamente em homens brancos.

O feminismo por séculos lutou pelo direito ao voto e pela participação das mulheres na política. Nós, mulheres negras, temos um papel fundamental nessa história, desde Antonieta de Barros, primeira mulher negra a exercer um mandato no Brasil, as organizações da Marcha das Mulheres Negras, a luta pela PEC das Domésticas e a mobilização junto ao Tribunal Superior Eleitoral pela distribuição do fundo eleitoral para candidaturas negras.

As dificuldades das mulheres no acesso à política institucional começam dentro dos próprios partidos que, muitas vezes, não consideram as desigualdades de gênero, raça e classe. Este quadro se materializa na falta de financiamento, na distribuição desigual do fundo eleitoral, na divisão do tempo de rádio e TV da propaganda eleitoral e do acúmulo de jornadas de trabalho.

Desde 2018, nós perdemos muito. Perdemos nossa companheira e vereadora Marielle Franco que iniciou o movimento “Mulheres na Política”, que trata da aliança feminista entre parlamentares e lideranças de esquerda para ocupação dos espaços. Perdemos tanto, que perdemos até o medo de ocupar esses espaços.

Se, por um lado, emerge uma voz fundamentalista de ódio às mulheres, à população negra e LGBTI+, por outro lado, também emergiu a voz dos movimentos feministas, negro, LGBTI+, indígena e demais vozes dissidentes. Precisamos lembrar que fomos nós, mulheres, que ocupamos as ruas com o “Fora Cunha” e o “Ele Não”. E fomos nós, mulheres negras, que lutamos contra a violência policial e reivindicamos que “Vidas Negras Importam”.

Temos muitos desafios para retomar o nosso país e construir uma sociedade de bem-viver, fundamentada no repartir, no comunitarismo e em outro modo de fazer política que não seja baseado na concentração, e sim na distribuição. Para enfrentar todas essas dificuldades estruturais, consideramos que o feminismo negro, o encontro das lutas das mulheres e antirracistas, tanto quanto o cooperativismo, são imprescindíveis para que alcancemos a justiça participativa de que depende a consolidação do regime democrático.

Fui eleita deputada estadual com 40.631 votos e no dia do lançamento da minha candidatura afirmei e hoje reafirmo: “Não farão política sem nós!”. Ao dizer isso, convoco as populações negras e indígenas, as mulheres, pessoas LGBTI+ a se apropriarem desse debate e a seguirem explicitando que a democracia, sem nossos corpos, vozes e pautas, será sempre como a repetição dos Bonaparte no poder (Napoleão e Luís) de que fala Marx: “primeiro tragédia, depois farsa".

*Mônica Francisco é deputada estadual pelo Psol-RJ e a primeira mulher negra presidir a Comissão de Trabalho, Legislação e Seguridade Social da Alerj.

Editado por: Eduardo Miranda
Tags: alerjriodejaneiro
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