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Artigo | Não prestamos respeito a quem não nos respeita 

Manifestação sobre a aprovação da obrigatoriedade de posição de respeito durante a execução do Hino Rio-grandense

02.dez.2021 às 17h54
Porto Alegre
Bruna Rodrigues

A Bancada Negra da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, eleita nas eleições 2020 - Foto: Leonardo Contursi / CMPA

Durante a sessão ordinária da última quarta-feira (1) na Câmara Municipal de Porto Alegre foi aprovada a obrigatoriedade de ficar em posição de respeito ao hino do Rio Grande do Sul durante sua execução em quaisquer evento promovido pela Casa. Um hino que deveria simbolizar todas as qualidades do nosso estado, mas que na verdade reforça estereótipos racistas. Essa é uma ação legislativa que surge em resposta à postura da primeira Bancada Negra eleita nesta Casa, que durante a cerimônia de posse das vereadoras e vereadores da atual legislatura, não se manteve de pé, em repúdio à estrofe que diz “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.

Entendo que este trecho do Hino Rio-Grandense é uma frase que violenta simbolicamente o povo negro do estado do Rio Grande do Sul, por serem herdeiros e herdeiras de séculos de escravidão no nosso país e que foram submetidos a condições horríveis de trabalho e de sobrevivência. Nosso estado, assim como nosso país, foi construído com sangue e suor negro, daquelas e daqueles que foram raptados de países do continente africano e trazidos para o Brasil para o trabalho escravo.

“Povo que não tem virtude acaba por ser escravo” questiona a virtude das pessoas que foram escravizadas, e é mais uma violência que sofrem as pessoas negras no seu dia a dia. É uma forma de perpetuar um racismo simbólico, afinal durante o período que perdurou, legalmente, até o ano de 1888, essas pessoas que foram escravizadas eram tratadas como “pessoas sem alma”, numa tentativa de justificar toda violência e exploração a que estavam submetidas.

Diversos países já revisaram seus respectivos hinos para que fossem reparados trechos onde houvessem manifestações de teor preconceituoso; a própria Universidade Federal do Rio Grande do Sul já não obriga mais a execução do Hino Rio-Grandense. Todos esses exemplos demonstram que qualquer manifestação preconceituosa presente nos símbolos de uma nação, de um estado ou de uma cidade podem (e devem) ser questionados.

Obrigar a posição de respeito durante a execução do Hino Rio-Grandense é mais uma violência contra todo o povo negro, que tem sua história de luta e resistência contra a escravidão no nosso estado apagada. Queremos contar a história dos Lanceiros Negros e a Traição de Porongos, de Oliveira Silveira. Queremos falar sobre a Colônia Africana, sobre os quilombos que resistem na nossa cidade. E seguirei em luta, altiva e com punho em riste para enfrentar o racismo e para que ele não seja mais exaltado nas nossas tradições!

*Vereadora de Porto Alegre, líder do PCdoB na Câmara Municipal  e presidente municipal do PCdoB em Porto Alegre.

** Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Katia Marko
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