Minas Gerais

REAÇÃO

Três pessoas são detidas em BH em protesto por reabertura de escola

Comunidade critica a demora na reforma da Escola Municipal Carlos Góis, que deve terminar apenas em 2023

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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O principal motivo do protesto é a demora para a reabertura da Escola Municipal Carlos Góis - Foto: Reprodução

Três manifestantes foram detidos na tarde desta sexta-feira (3) no bairro Santo André, Pedreira Prado Lopes, uma das favelas mais antigas de Belo Horizonte (MG). O ato, que iniciou às 16h em frente à Escola Municipal Carlos Góis, reivindica a reabertura da instituição. Em reunião com representantes da prefeitura, moradores receberam a notícia de que a escola passará por uma reforma e será reaberta apenas em 2023.

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Durante o ato, manifestantes escreveram nas paredes da escola frases como “abre Kalil”, “educação já” e “escola aberta já”. As três pessoas acusadas pela pichação foram levadas para o Juizado Especial Criminal, no bairro Coração Eucarístico. A Polícia Militar alegou o crime de pichação, que se enquadra na Lei de Crimes Ambientais.

O militante Vinícius Moreno Nolasco, integrante do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), avalia a detenção como desproporcional. “Escrevemos nos muros no intuito de informar a comunidade de que a escola está fechada e cobrar da prefeitura a reabertura. Muitos moradores não sabem o que vem acontecendo”, explica.

Reforma pode durar mais de um ano

O principal motivo do protesto é a demora para a reabertura da Escola Municipal Carlos Góis. Segundo Vinicius, em reunião com representantes da Prefeitura de BH Regional Noroeste, na última quarta-feira (1), moradores da Pedreira Prado Lopes ficaram sabendo que a escola passará por uma reforma e tem previsão de ser reaberta somente em 2023. O edital para escolha das empresas para realizarem a reforma, por exemplo, seria lançado apenas em abril de 2022.

A Escola Carlos Góis foi interditada após as chuvas de fevereiro de 2020 por orientação da Defesa Civil, por estar em uma área de risco geológico.

Os prazos são questionados pela comunidade escolar, que pode completar quatro anos com a escola fechada.

 

Edição: Larissa Costa