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Neoliberalismo

Perigo à vista? Privatizações podem ameaçar a democracia

Julgamento do Supremo dos EUA ajuda a compreender os limites da participação privada em assuntos de Estado

05.dez.2021 às 11h33
Los Angeles (EUA)
Eloá Orazem

Homem espera ônibus em Chicago. Máquinas de estacionamento da cidade são ponto de controversia. - Scott Olson / Getty Images via AFP

A Suprema Corte dos Estados Unidos vai julgar o caso da cidade de Chicago contra a CPM, empresa responsável por operar as máquinas de estacionamento no município. O processo se dá pela forma como a privatização foi feita. Chicago concedeu à CPM o direito de explorar o sistema de estacionamento por 75 anos, o que levou a taxas mais elevadas, aumento das praças de cobrança e restrição ao transporte público.

"Agora, se a prefeitura quiser instalar novos pontos de ônibus, por exemplo, o governo precisa comprar essas vagas de volta da CPM, o que não acontece, porque não há dinheiro", conta ao Brasil de Fato o historiador Donald Cohen, autor do recém-lançado "Privatization of Everything" – "A Privatização de Tudo", em tradução literal.

 

Cohen, que fundou e dirige o In The Public Interest, projeto sem fins lucrativos que estuda serviços e bens públicos, diz que a privatização, quando feita de forma pouco cautelosa, é uma grande ameaça à democracia

"A privatização nada mais é que entregar à iniciativa privada a autoridade, o controle e o acesso a bens públicos, muitas vezes necessários à população", explica.

É justamente por isso que o especialista se preocupa quando ouve que, no Brasil, pré-candidatos à presidência insistem em hastear a bandeira da privatização como símbolo de progresso.

O atual governo Bolsonaro, por exemplo, começou o ano com a missão de desestatizar 9 empresas públicas, entre elas a Eletrobras, que desempenhou um papel fundamental na crise elétrica do Amapá, em novembro de 2020. O estado viu mais da metade de seus municípios ficarem no escuro por longos períodos, o que culminou na morte de pelo menos 8 pessoas. A responsável pela energia no Amapá é uma empresa privada que não investiu em um transformador reserva, e precisou do resgate da Eletrobras para restabelecer a normalidade na área.

Casos assim não chocam Cohen, que viu algo semelhante acontecer no Texas, em fevereiro deste ano. "Quando não controlamos serviços vitais, é isso o que acontece mesmo. Lá no Texas, a empresa responsável pela rede elétrica no estado não investiu o necessário para manter o sistema no ar e oops. Para onde foi esse dinheiro?", questiona. 

A falta de monitoramento dos recursos é apenas um dos problemas da privatização. Para Cohen, o maior perigo é o choque de interesses. O especialista lembra que o objetivo de companhias privadas é maximizar o lucro, e que, para fazer isso, às vezes se vai contra o interesse público.

"Uma companhia de água, por exemplo, quer que as pessoas consumam cada vez mais, então o racionamento ou a conscientização não lhe interessa, entende?", diz.

Apesar das críticas, Cohen sabe que é impossível ignorar a privatização, e que é preciso cuidado para não demonizá-la. "Tudo é público e privado ao mesmo tempo", propõe, "as estradas, por exemplo: são vias públicas, mas construídas por empresas privadas, contratadas pelo governo".

O segredo para manter o equilíbrio entre as forças tem a ver com a manutenção do cidadão como tal, e não como um consumidor. "A gente não pode permitir que os interesses das corporações sobreponham às necessidades da população, e sejam protegidos nas decisões públicas". 

Sobre o argumento de que as empresas privadas sejam mais eficientes que as governamentais, Cohen lembra que não há estudos relevantes que provem tal afirmação, repetida à exaustão por neoliberais. "A privatização virou uma ideologia", completa, "os conservadores e liberais não acreditam no estado, e há os corporativistas, que ganharam fôlego na década de 80, no auge das privatizações em território estadunidense". 

Décadas após esse apogeu, a impressão que se tem é que as lições não foram aprendidas. Os Estados Unidos continuam, por exemplo, sem um sistema público de saúde, relegando sua população às regras das companhias particulares. 

A repetição desse erro acontece também em nível global – e a pandemia da Covid-19 é o mais recente exemplo disso. "Acho okay permitir que Pfizer, Moderna e Johnson&Johnson tivessem certas liberdades para fazer seu trabalho, mas esperar que elas controlem a pandemia? Olha o que aconteceu na África e percebam que é exatamente esse o resultado da privatização: as empresas vão agir de acordo com os seus interesses, que levam à redução de despesas e aumento dos ganhos, ainda que isso vá de encontro com o que precisamos".

Editado por: Thales Schmidt
Tags: estados unidosneoliberalismoprivatizaçao
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