Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

análise

Sakamoto: Governo festeja mês de queda no desmatamento após esconder ano de alta

Fazer fanfarra com esse número e ainda mais no período do inverno amazônico é imprudência ou má fé

14.dez.2021 às 15h30
Leonardo Sakamoto
|Uol

Área desmatada na Amazônia só em outubro é do tamanho de Belo Horizonte e Porto Alegre - Paulo Pereira/Greenpeace

O governo Jair Bolsonaro esconde os dados de desmatamento na Amazônia que são ruins para a sua imagem e bate bumbo quando eles são favoráveis. O problema é que as informações negativas superam, e muito, as positivas. E mesmo as positivas são questionáveis.

Nesta terça (14), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, celebrou o resultado do levantamento mensal do sistema Deter, que mostrou novembro com queda de 19% em relação ao mesmo período de 2021 e a menor área desmatada para um mês der novembro desde 2015, com 249 km². A redução teria puxado para baixo o crescimento total do desmatamento desde agosto.

:: Mercúrio do garimpo contamina peixes dentro e fora da Amazônia ::

O que ele não disse, contudo, é que dados do próprio Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espacial), responsável pelo Deter, mostram que a área coberta de nuvens (o que atrapalha a captação de imagens por satélite) foi a maior dos últimos quatro anos pelo menos. Fazer fanfarra com esse número e ainda mais no período do inverno amazônico, ou seja, no período de chuvas, é imprudência ou má fé.

Some-se a isso altos graus de cinismo. Cobrado diante da alta no desmatamento indicada pelo Deter em outubro deste ano, 5% acima da taxa de outubro de 2020, o mesmo Joaquim Leite afirmou, durante a COP26 que não havia acompanhado os dados do Inpe. Não respondeu perguntas de jornalistas sobre isso no evento.

:: Cidades que mais desmatam são as menos desenvolvidas da Amazônia, diz estudo ::

Pior: o governo Jair Bolsonaro segurou a divulgação dos dados do Prodes, sistema mais preciso e que traz o consolidado anual de desmatamento, para que não fosse questionado pelo recorde de desmatamento da Amazônia dos últimos 15 anos durante a conferência da ONU sobre mudanças climáticas.

O Inpe inseriu o relatório no sistema no dia 27 de outubro, mas ele só foi divulgado ao público no dia 18 de novembro. A COP26 foi realizada de 31 de outubro a 12 de dezembro.

:: COP26: os negócios climáticos não são resposta para a crise climática ::


Desmatamento na Amazônia e em outras partes do Brasil prejudica biodiversidade e tem sido constantemente denunciado no mundo / Ibama/arquivo

Os dados mostram uma devastação de 13.235 km2 entre agosto de 2020 e julho de 2021, o que representa 22% de aumento em relação ao período anterior, o maior aumento em 15 anos.

Nesta divulgação do dado de novembro, o ministro do Meio Ambiente afirmou que ele reflete a integração entre a fiscalização e a polícia. "O governo federal está atuando contundentemente contra qualquer crime ambiental. Mais do que isso, junto com a PF e Força Nacional, estamos atuando de forma integrada e permanente no território", disse.

E o ministro da Justiça, Anderson Torres, fez coro ao colega, dizendo que isso é fruto do aumento da presença das forças policiais, citando o trabalho contra o garimpo ilegal e o aumento de investimentos.

Pelo que foi mostrado em números, não em discursos, até aqui, a meta de redução de emissões de carbono com a qual o Brasil se comprometeu na COP26 será letra morta se o presidente da República continuar sendo Jair Bolsonaro.


Meta de redução de emissões de carbono com a qual o Brasil se comprometeu na COP26 será letra morta se o presidente da República continuar sendo Jair Bolsonaro / Evaristo Sá/AFP

Tanto que não é segredo que Jair tem abertamente dito a eles que podem ficar tranquilos que seu governo garante a impunidade diante do desmatamento. E empunhando teorias da conspiração sobre a invasão da Amazônia por países estrangeiros, ele traz para o balaio um naco dos militares desconectado da realidade.

Não só. Em discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, ele culpou os indígenas pelo fogo que consumiu trechos da floresta amazônica. As imagens das queimadas provocadas por produtores ilegais circularam pelo mundo, ajudando a nos elevar à categoria de párias.

Somente muitos números positivos, decorrentes de trabalho árduo na área ambiental após a saída de Bolsonaro irão mostrar ao mundo que mudamos. Isso não incluem coletivas à imprensa que brincam com os dados apresentando uma narrativa de fantasia.

*Leonardo Sakamoto é jornalista e fundador da ONG Repórter Brasil. Escreve diariamente sobre política e direitos humanos no portal Uol.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Conteúdo originalmente publicado em Uol
Tags: amazôniadesmatamentomeio ambiente
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Sem direito à greve

GDF intensifica ofensiva contra sindicatos e oposição propõe anistia na Câmara Legislativa

DEVASTAÇÃO

‘Dia e noite’ aguardando fogo, diz brigadista de Corumbá (MS), município mais incendiado do Brasil nos últimos 40 anos

Coincidência?

Municípios campeões em queimadas concentram maiores rebanhos de gado do Brasil

ACABOU

Tentativa de conciliação sobre marco temporal no STF é encerrada com resultado incerto

Irã-EUA

Partido Comunista de Cuba convoca forças de esquerda para defenderem a paz contra governo ‘fascista’ dos Estados Unidos

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.