Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Política
  • Direitos
  • Opinião
  • Cultura
  • Socioambiental
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Cultura

Artigo | Amar, sonhar e mudar as coisas me interessa mais**

Eduardo, como nosso Manoel, o de Barros, esteve sempre atento às miudezas do mundo, aquilo que poucos dão atenção.

15.dez.2021 às 08h14
Crato (CE)
Lívio Pereira

As Veias Abertas da América Latina, primeiro sucesso de Eduardo Galeano,completam 50 anos de publicação - Reprodução

Sonhem com o impossível, pois ele só o é enquanto não o fazemos realidade. Digo isso ébrio, mas sem um pingo de romantismo em minha carne. O sonho é uma força motriz potente, ele nos arranca da paralisia amedrontada que o sistema nos impõe e nos lança na construção do mundo que queremos para nós e para quem amamos. Falando nesse outro verbo movimento, amem, pois amar também nos lança ao mundo que sonhamos.

Belchior eternizou a oração "amar e mudar as coisas", mas quero evocar outro rapaz latino-americano que também já se encantou. Nosso querido Eduardo Galeano, esse bruxo uruguaio das palavras, que faz do verbo magia que alimenta sonhos. Digo “nosso” porque sei que muitos sentem o que sinto e digo, porque suas narrativas seguem fazendo consciência no mundo. 

Tem uma passagem do Las Palabras Andantes que nunca esquecerei: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.

Uma das belezas dessa passagem, para além de suas camadas acessíveis de pronto, é que nela vemos a humildade de Galeano e sua honestidade de classe, pois ele, ao eternizar esse encantamento, eterniza seu criador, Fernando Birro, que lançou essa braba no mundo.

Eduardo, como nosso Manoel, o de Barros, esteve sempre atento às miudezas do mundo, aquilo que poucos dão atenção, e fez delas pérolas que até hoje admiramos. E sim, invoquei outro encantado, não pela nostalgia ou fetiche pela velharia que me constituem, mas porque neles tem a sabedoria que tanto me inspira e me faz seguir desejante.

Quem sabe não alimento o desejo de outras pessoas partilhando os meus? Quem sabe não ajudo a alimentar os sonhos de nosso povo? Querer um tanto egoísta e de uma síndrome de deus que me toma, assim como a toda pessoa, por motivos diversos. Mas quem não quer ver os seus bem e sonhando com uma vida melhor?

Mas sonho não é ficar parado aguardando que as coisas aconteçam, não é obra de fé no indizível ou no encanto do mundo, por mais que eles sejam importantes pra alimentar o espírito. Sonho é verbo, que é ação, que é trabalho. Para virar matéria, ter vida em nossa realidade, h\á de colocarmos a mão na massa, então façamos nosso sonho realidade pela obra de nosso trabalho e do trabalho de quem vai junto da gente.

*Trabalhador da cultura e militante social.

**Parafraseando Belchior

*** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Francisco Barbosa
Tags: brasil de fato ce
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

CIDADANIA

Prazo para regularizar situação eleitoral termina no dia 19 deste mês

FAVELA DO MOINHO

‘Remoção truculenta no Moinho é prova do projeto autoritário do governo Tarcísio’, diz vereadora

LUTAR NÃO É CRIME

Sob pressão da prefeitura e da Justiça, professores do Recife decidem manter greve

ACORDO COM MORADORES

Tarcísio ‘surfa na onda’ da intervenção federal na Favela do Moinho, analisa cientista político

FIM DA VIOLÊNCIA

‘Tarcísio estava chutando a gente daqui como se fosse lixo’: moradores do Moinho comemoram acordo de moradia

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.