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“O território faz parte da nossa sobrevivência”, expõe ativista indígena

Para Márcia Kambeba, os povos originários seguem mostrando sua força, sem recuarem, diante do atual governo

Hoje, os ataques aos nossos territórios são as principais ameaças para nós, indígenas.

O avanço do Projeto de Lei (PL) 490, que altera a legislação da demarcação de terras indígenas; a invasão de grileiros e latifundiários em comunidades demarcadas; fome e desnutrição infantil em aldeias; descaso com a saúde indígena: essas e outras questões são respondidas na edição de hoje (15) do Programa Central do Brasil. A ativista indígena Márcia Kambeba participa do Entrevista Central e denuncia que os ataques contra os povos originários se intensificaram durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

::Entenda o marco temporal e saiba como ele atinge os povos indígenas do Brasil::

"Nós temos solidariedade e coletividade. Sempre estivemos mobilizados na resistência contra os ataques. Pegamos balas de borracha juntos e spray de pimenta juntos para mostrar que ocupamos nosso espaço e ninguém vai nos tirar até que o governo resolva as nossas questões", expõe.

A escalada de violência contra indígenas aumentou em 2021, em relação ao ano de 2020. De acordo com dados divulgados pelo Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (Cedoc/CPT), as maiores vítimas de mortes em conflitos por terras foram os indígenas, que representam 101 (pelo menos 45 crianças) dos 103 óbitos. Para Kambeba, a falta de políticas públicas nas comunidades e desmatamento são dois dos fatores que ameaçam a vida dos indígenas no atual governo.

::Após 10 meses, governo Bolsonaro vacinou apenas 44% dos indígenas contra covid::

"O Marco Temporal vai nos tirar os rios, a mata e a paz que temos nas nossas aldeias. Nossa história não começa em 1988", afirma.

A ativista também relembra as mobilizações que os povos indígenas travaram em Brasília neste ano de 2021 com os diversos acampamentos de resistência como o Levante Pela Terra e Luta Pela Vida.

"Precisamos entender que todas as questões do meio ambiente como o desmatamento, queimadas e mineração, impactam não só nós, povos originários, mas também o resto da sociedade. Nós temos uma relação de dependência da natureza, precisamos cuidar da nossa casa comum", pontua.

E tem mais!

O quadro Nacional aborda as questões que levaram o Brasil a ficar em último colocado em ranking mundial de política antidrogas. No Embarque Imediato, Sonia Coelho, da Sempreviva Organização Feminista (SOF), comenta o corte de 33% no orçamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para 2022. E a Parada Cultural indica o livro "Minha raiva com uma poesia que só piora", da poeta Carola Braga.

Sintonize

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Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.

Dados da menor estação receptora

Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diametro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4

 

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