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O agro é pop

Produtor familiar de arroz e feijão recebeu apenas 2,5% de recursos do Pronaf. Soja recebeu 26%

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar prioriza agronegócio exportador, mostra pesquisa

17.dez.2021 às 10h01
São Paulo (SP)
Caroline Oliveira

Josenildo Munduruku, Cacique da Aldeia Açaizal, caminha sobre plantação de soja dentro da Terra Indígena Munduruku e Apiaká do Planalto Santareno - Bárbara Dias/Cimi

Bovinocultura e soja foram as atividades mais financiadas pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em 2020, somando 59,9% dos recursos, seguidos pela produção de milho (14,4%). Enquanto isso, para a produção de arroz e feijão foram destinados apenas 2,53% dos recursos do Pronaf Custeio Geral. 

Os dados são do estudo Análise do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar, elaborado pelo Instituto Tricontinental de Pesquisa Social em parceria com o Núcleo de Estudos em Cooperação (NECOOP), da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), lançado nesta sexta-feira (17). 

::"O Agro não é pop": estudo aponta que a fome é resultado do agronegócio::

Segundo os pesquisadores, os números mostram que os recursos do programa estão sendo utilizados para financiar a produção de commodities do agronegócio exportador, em detrimento do abastecimento do mercado interno com itens alimentícios básicos.  

Isso significa que “o percentual irrisório de recursos voltados a produtos básicos da alimentação do brasileiro impacta diretamente na cesta alimentar e expõe à especulação do agronegócio (que prioriza lucros e exportação) ao invés de assegurar a segurança e a soberania alimentar do país”, destaca o documento.   

::A contradição entre recordes no agronegócio e fome no Brasil::

Hoje o Brasil já é o quarto maior produtor de grãos do mundo, atrás somente da China, dos Estados Unidos e da Índia, e o segundo maior exportador dos produtos, sendo responsável por 19% do mercado internacional, segundo um estudo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, ainda em junho de 2021. Com a exportação de uma grande quantidade de alimentos, como a soja, há o desabastecimento do mercado doméstico, o que também força o aumento no preço. 

Em um ano, o “prato feito” subiu praticamente o triplo da inflação, segundo um levantamento feito por Matheus Peçanha, pesquisador e economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE): 22,57% no acumulado de 12 meses diante de 8,75% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no mesmo período. Nesta conta, entre os que tiveram uma alta no preço, estão arroz (37,5%), tomate (37,24%), carne bovina (32,69%), frango inteiro (22,73%), feijão preto (18,46%), ovos (13,5%) e alface (9,74%). 

Agricultura familiar desassistida  

O estudo também mostrou que cerca de 60% dos agricultores familiares não tiveram acesso ao crédito rural em 2020. “O número de estabelecimentos camponeses que tiveram acesso ao Pronaf chega a níveis mínimos”: apenas 7,87%, “demonstrando a pouca expressividade do programa para fomentar a produção e produtividade agrícolas nesse segmento”.  

Lembrando que o Pronaf foi instituído justamente com o objetivo de oferecer políticas públicas para sustentar e promover a agricultura familiar no país. 

::Alta no preço dos alimentos é consequência do agronegócio, diz porta-voz do Greenpeace::

Mesmo com poucos recursos, dados de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os mais recentes, mostram que a agricultura camponesa representa 77% dos estabelecimentos, mais de 10 milhões de empregos rurais (67% do total) e foi responsável por R$ 131,7 bilhões (23%) dos R$ 572,99 bilhões do Valor Bruto da Produção (VBP) naquele ano. 

Distribuição geográfica desigual 

A análise mostra que a desigualdade em relação ao programa de crédito também se dá geograficamente. Por exemplo, apesar de concentrar a maior parcela dos camponeses brasileiros (50,27%), a região Nordeste recebe somente 14% dos recursos. Paralelamente, a região Sul recebeu 57,4% dos recursos do Pronaf em 2020, mas só tem 18,20% dos estabelecimentos da agricultura familiar. 

Segundo o documento, “essa disparidade pode ter por base a diversidade de condições naturais e sociais e as estratégias dos agricultores frente às dificuldades de sobrevivência sob as relações capitalistas de produção. Ocorre que o crédito rural também exerce influência sobre essa situação e ainda, nas condições em que tem sido ofertado, tende a aprofundar as desigualdades existentes”. 

Clique aqui para acessar a pesquisa na íntegra.

Editado por: Anelize Moreira
Tags: Instituto Tricontinental
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