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Saúde

DF: taxa de transmissão da covid-19 volta aos patamares mais altos da pandemia

Índice chegou a 2,01, o que demonstra crescimento acelerado das contaminações; entenda

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Taxa de transmissão da covid-19 dispara nesse início de 2022 e projeta uma explosão de casos de covid-19 no Distrito Federal - Breno Esaki/Agência Saúde

A taxa de transmissão (Rt) do vírus da covid-19 chegou a 2,01 nesta segunda-feira (10) no Distrito Federal. O indicador aponta para um crescimento bastante acelerado das contaminações na capital do país.

Na prática, significa que 100 infectados infectam outras 201 pessoas. Os números foram atualizados nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), em seu boletim diário. Na sexta-feira (7), último número divulgado, o índice era de 1,66.

De acordo com as autoridades sanitárias, se a taxa de transmissão (Rt) for menor que 1, a epidemia tende a acabar. Se o índice Rt for maior que 1, a epidemia avança. Os maiores valores registrados no DF ocorreram em março de 2020, quando a taxa de transmissão chegou a ser 2,61 e 2,25, durante a primeira onda da pandemia.

Depois disso, ela passou a oscilar abaixo de 1 e voltou a subir na faixa de 1,5 durante a segunda onda, em março do ano passado, para depois oscilar abaixo ou pouco acima de 1 ao longo do ano. Na últimas semanas, no entanto, o indicador vem disparando, segundos os balanços diários emitidos pela SES-DF.

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Ao todo, foram notificados 2.775 novos casos de covid-19 entre sábado (8) e esta segunda, já que no fim de semana os números não são atualizados. Para se ter uma ideia, há duas semanas atrás, no dia 27 de dezembro de 2021, um segunda-feira, o número de novos casos registrados era de 225.

O boletim desta segunda também confirma o primeiro óbito por covid-19 registrado no DF em 2022. Desde o início da pandemia, 11.120 pessoas morreram e 527.691 foram infectadas pelo coronavírus em Brasília.

Em coletiva de imprensa na última quinta-feira (6), a Secretaria de Saúde do DF admitiu que a expectativa é por uma “explosão” de casos de covid-19 nos próximos 45 dias, impulsionados pela variante Ômicron. Segundo a pasta, no entanto, a maior parte dos novos infectados devem apresentar sintomas leves.

Ocupação de leitos

De acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Saúde do DF, divulgados no domingo (9), a taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) na rede pública do DF estava em 65,63%. Na rede privada, 52,10% das vagas reservadas para infectados estavam ocupadas. 

Vacinação infantil

Em relação à vacinação de crianças de 5 a 11 anos, o DF ainda aguarda a chegada da nota técnica do Ministério da Saúde e das doses de vacina específica para começar a campanha de imunização infantil. Esse público é estimado em 268 mil pessoas, no entanto, o início da vacinação deverá priorizar crianças que vivem em abrigos e orfanatos, segundo informou a própria Secretaria de Saúde, na última sexta-feira. 

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Nesta segunda, o Ministério da Saúde finalmente divulgou o cronograma de recebimento da vacinas infantis para todo o país. Ainda este mês, o primeiro carregamento será de 4,3 milhões de doses. Em fevereiro, chegam mais 7,2 milhões e, em março, será entregue o maior lote, com 8,4 milhões de doses.

Ao todo, foram encomendadas cerca de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer, que é a única farmacêutica com autorização para imunizar o público infantil no Brasil, de acordo com decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).   

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Edição: Flávia Quirino