Rio de Janeiro

PREOCUPAÇÃO

No Rio, policiais militares têm baixa adesão à campanha de vacinação contra a covid-19

Apenas 45% dos PMs da ativa estão com as duas doses da vacina e 70% dos agentes tomaram a primeira

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Nas últimas duas semanas, 110 policiais militares testaram positivo pra covid-19 e estão afastados - (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A baixa adesão dos policiais militares à campanha de vacinação é motivo de preocupação do governo do estado do Rio de Janeiro. Atualmente, apenas 45% dos PMs da ativa estão com as duas doses da vacina contra a covid-19 e 70% dos agentes tomaram apenas a primeira.

O levantamento obtido pelo Bolg do Edmilson Ávila na última quarta-feira (12), destaca que, nas últimas duas semanas, 110 policiais militares testaram positivo pra covid-19 e estão afastados. Outros 73 agentes estão afastados das ruas por apresentarem sintomas de síndrome gripal.

Segundo a corporação, o contingente não afeta o funcionamento da Polícia Militar que tem cerca de 45 mil agentes no estado.

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Em entrevista ao Bom Dia Rio nesta quinta-feira (13), o secretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe, informou que irá se reunir com o comandante da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, para estudar estratégias para aumentar a cobertura vacinal na corporação.

“Na verdade, é uma preocupação muito grande ter segmentos da população com uma vacinação tão baixa. Hoje, com a circulação da ômicron, ela não causa casos graves muito em função da alta cobertura vacinal que temos hoje no estado do Rio de Janeiro. Mas populações específicas, como os policiais militares, que lidam com o público, é uma preocupação", disse Chieppe ao telejornal.

Já a Polícia Civil do estado registrou 104 casos de policiais afastados por causa da covid este ano. Outros sete casos suspeitos estão sendo investigados.

Serviços afetados

A alta transmissibilidade da covid-19 tem afetado também o serviço do judiciário. Desde terça-feira (11), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) reduziu o atendimento ao público externo e as atividades nas serventias do órgão que passam a ser prestadas com trabalho presencial de no máximo 50% do quadro de cada unidade judiciária ou administrativa.

Já a Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que os casos de covid-19 na instituição aumentaram 3.575% em relação ao mês de dezembro.

Segundo o órgão, o aumento de integrantes contaminados nessa nova onda de contágio da doença tem impactado especialmente o atendimento da Central de Relacionamento com o Cidadão (CRC), que está com um tempo de espera maior do que o normal. 

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Ao todo, 147 funcionários da instituição estão afastados por covid-19. O impacto fez com que 13 órgãos da Defensoria fechassem. O plantão noturno está atuando de forma preferencialmente remota. 

A DPRJ esclarece que os canais de atendimento continuam ativos, mas pede compreensão e paciência da população que conta com os serviços da Defensoria durante esse período. Além do número 129, o atendimento é feito também pelo site e pelo aplicativo de celular DefensoriaRJ, disponível para IOS e Android.
 

Edição: Jaqueline Deister