BRUMADINHO

Cidades de Minas Gerais ainda sofrem as consequências das fortes chuvas das últimas semanas

Nesta edição, Datafolha revela que a vacinação contra Covid para crianças tem o apoio de 79% da população

Ouça o áudio:

Rio Paraopeba após o rompimento de barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG) em 2019 - Creative Commons

Municípios de Minas Gerais ainda sofrem as consequências das fortes chuvas das últimas semanas. Até sexta-feira, dia 14, o número de municípios em situação de emergência era de 374, segundo a Defesa Civil Estadual.

Brumadinho, a 60 km de distância de Belo Horizonte, foi uma das cidades impactadas com as enchentes, muitas famílias perderam tudo e agora que parou de chover e a água do rio Paraopeba vem baixando, restou um mar de lama na cidade.

Para ajudar a limpar as casas e as ruas os voluntários têm sido fundamentais. Thauam Silva, morador de Brumadinho e um dos inúmeros voluntários da região, comenta que agora, as pessoas estão começando a retornar às suas casas. Muitas pessoas que tiveram suas casas parcial ou totalmente destruídas estão alojadas em escolas do bairro.

Segundo Thauam, a rede de solidariedade no município tem se mostrado muito importante. Todos estão ajudando. O voluntário conta que embora a prefeitura também esteja amparando as famílias desabrigadas, o trabalho da comunidade tem sido mais rápido e eficaz.

Muitas famílias perderam todos os móveis, roupas, eletrodomésticos e alimentos. Thauam Silva lista os itens mais necessários agora.

A Fundação SOS Mata Atlântica, ao longo de 3 anos realizou um estudo de monitoramento da qualidade da água do rio Paraopeba na região de Brumadinho e em toda a extensão afetada pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão.

Malu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica, comenta que para evitar possível contaminação  é importante ferver a água. Ela lembra que água de enchente pode conter coliformes fecais e causar várias doenças.

“Então, o ideal é que toda água que for utilizada após o contato com a água da enchente seja fervida, mesmo que seja potável, para que diminua a volatilidade do cloro e não ofereça riscos, caso ainda exista presença desses metais pesados na lama que carreou novamente para o reservatório”.

Malu Ribeiro ainda ressalta que outros fatores também são importantes. “Essas águas de enchentes também atingem fossas, sépticas, redes de esgoto e acabam levando a riscos de outras doenças, de fator de veiculação hídrica, como diarreia, hepatite, cólera. Então, é extremamente importante essa higienização, esse cuidado, e fazer com que as pessoas evitem entrar nas áreas alagadas e venham contrair um problema mais grave de saúde”.

Em apoio às famílias desalojadas, a Ong Amigos de Brumadinho criou uma conta bancária para ajudar na compra de água potável e outros itens de necessidade básica.

Pela chave pix [email protected] é possível doar qualquer valor.

Confira esta notícia e programa na íntegra desta segunda (17) no áudio acima. 

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Edição: Rede Brasil Atual